Angola encoraja solução negociada entre Marrocos e RASD

ÁFRICA DO SUL: SECRETÁRIO DE ESTADO DAS RELAÇÕES EXTERIORES, TETE ANTÓNIO  FOTO: HENRI CELSO

ÁFRICA DO SUL: SECRETÁRIO DE ESTADO DAS RELAÇÕES EXTERIORES, TETE ANTÓNIO
FOTO: HENRI CELSO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

25 Março de 2019 | 21h33 – Actualizado em 26 Março de 2019 | 08h43

As autoridades angolanas têm estado a encorajar o Reino do Marrocos e a República Árabe Sahaui Democrática (RASD) na busca de uma solução negociada para resolução do diferendo que os opõe.

Estas declarações foram proferidas pelo secretário de Estado das Relações Exteriores, Tete António, que liderou a delegação angolana à reunião ministerial de preparação da cimeira da SADC em solidariedade com o Sahara Ocidental, que tem lugar esta terça-feira, em Pretória (África do Sul).

O secretário de Estado afirmou ser esta a posição de Angola a ser presente às delegações participantes na cimeira, onde Angola estará presente com uma delegação chefiada pelo vice-presidente da República, Bornito de Sousa.

O responsável disse ainda que existe unanimidade, entre os presentes, sobre a necessidade de se encorajar as partes a negociar uma solução para este problema.

Tete António acrescentou que a iniciativa da realização da cimeira, em solidariedade com a RASD, foi dos chefes de Estado da organização, com vista a impulsionar um entendimento entre as partes.

Destacou, entre os objectivos do evento, o fortalecimento da solidariedade com o povo saharaui e a assegurar que as resoluções das Nações Unidas e da União Africana sejam implementadas.

Trata-se da implementação da resolução 514, de 1960, das Nações Unidas sobre o direito a autodeterminação do povo saharaui.

Grande parte do território da República Árabe Saharaui Democrática (RASD) encontra-se ocupada desde 1975 por Marrocos, que controla e o administra.

Embora se encontre numa disputa entre a autoproclamada República Saharaui e o governo central de Marrocos, o território do Sahara Ocidental, à luz do direito internacional, tem até hoje a Espanha como administrador, e o território está na lista da Organização das Nações Unidas (ONU) dos ainda não descolonizado.

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