EGTI INVESTE AKZ 19 MIL MILHÕES EM TERRENOS PARA INFRA-ESTRUTURAÇÃO

Casas de chapas construídas para ocupação ilegal de terrenos Foto: ANGOP/Arquivo

Casas de chapas construídas para ocupação ilegal de terrenos
Foto: ANGOP/Arquivo

A Empresa de Gestão de Terrenos Infraestruturados (EGTI) vai investir, este ano, 19 mil milhões de kwanzas, para a infraestruturacao de mil e 116 lotes de terrenos, a serem disponibilizados à população, nos arredores das centralidades do Kilamba, Sequele e outras.

O fundo, com valores ainda provisórios, é resultado da arrecadação pela venda de espaços infraestruturados, para a auto-construção dirigida e comércio, entre 2019 e 2020, de acordo com o seu presidente do Conselho de Administração, Pedro Canga Cristóvão.

“Nesse processo de preparação destes lotes, será dada uma atenção especial às mulheres vendedoras ambulantes (vulgo “zungueiras”) e empregadas domésticas, a julgar pelas suas condições sociais e financeiras”, disse.

Em conferência de imprensa, na terça-feira (dia 9), o responsável explicou, sem avançar o preço por metro quadrado nem datas, que os critérios serão definidos com o apoio de algumas organizações femininas.

Actualmente, segundo ainda o  responsável,  80% de solicitações registadas são para a auto-construção dirigida e os restantes são para construção de igrejas, actividades comérciais e de lazer, registando-se diariamente entre sete e 15 pedidos.

“Há um forte interesse na aquisição de terrenos para a construção de habitação familiar e para negócios”, afirmou Pedro Cristóvão, para quem tal tendência demonstra um grande défice no sector imobilíario e uma gritante necessidade da população.

A pandemia da Covid-19, à semelhança de outros sectores, limitou a EGTI de realizar algumas acções, em 2020, daí a transferência da maioria para este ano. Por exemplo, não conseguiu infraestruturar os 115 lotes previstos para Luanda, dos quais 100 para a auto-construcao dirigida.

Face às limitações de 2020, a referida empresa vai colocar à venda, até o primeiro semestre deste ano, todos os terrenos infraestruturados a nível de Angola sob sua gestão, acima de mil lotes, junto das centralidades da Lunda Norte, Huambo, Bié, Uíge, Huíla, Namibe e Benguela.

“Pretendemos abrir a comercialização de terrenos a nível do país, sob custódia da Empresa de Gestão de Terrenos Infraestruturados”, referiu estimando receitas globais, para 2021,na ordem dos 38 mil milhões, o dobro do rendimento anterior.

A infraestruturacao dos terrenos consiste no pavimento com asfalto, iluminação pública, passeios, pontos de ligação à esgotos e arborização.

O custo das  infraestruturas das centralidades, a sua localização e valor de mercado, definem os preços dos terrenos infraestruturados pela EGTI. Por exemplo, só os terrenos infraestruturados do Kilamba têm um custo o equivalente em kwanzas a USD 150, por metro quadrado.

Enquanto isso, os terrenos junto da Centralidade do Sequele custam 75 dólares americanos, enquanto os da provincia de Benguela chegam a ser 60% mais baixos em relação à província de Luanda, segundo o responsável, que admitiu pagamento em prestações.

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