47º ANIVERSÁRIO DA INDEPENDÊNCIA NACIONAL – EMBAIXADOR CARLOS ALBERTO FONSECA DESTACA RELAÇÕES COM PORTUGAL

O embaixador de Angola em Portugal, S. Exa. Carlos Alberto Fonseca, reafirmou hoje, em Lisboa, que o país se mantém entre os principais mercados de destino para as exportações portuguesas nos mais variados sectores.

De acordo com o embaixador Carlos Alberto Fonseca, que falava durante a cerimónia que assinalou os 47 anos de Independência Nacional, onde estiveram cerca de 300 convidados, as exportações e importações entre Angola e Portugal cresceram cerca de 50% em 2022, relativamente ao ano de 2021, existindo actualmente 4 mil empresas lusas que exportam bem e serviços para o nosso país.

De acordo com o diplomata, os investimentos directos de empresas portuguesas em áreas não petrolíferas em Angola ocupam uma posição de destaque, contribuindo desse modo para a diversificação da economia nacional, que é dos vectores essenciais na estratégia do seu desenvolvimento sustentado.

Para o Embaixador Carlos Alberto Fonseca, a entrada em vigor, em Dezembro de 2021, do acordo sobre a promoção e protecção recíproca de investimentos entre Portugal e Angola assinado em Luanda, constitui um factor acelerador das relações económicas, financeiras e comerciais entre os dois países.

Depois de elencar o papel que Angola desempenha para a promoção da paz e estabilidade em África, o Embaixador Carlos Alberto Fonseca fez questão de sublinhar que “ao comemorarmos a data de independência nacional em Portugal, é consentâneo sublimarmos as excelentes relações entre os dois países, impulsionadas numa dinâmica crescente desde as históricas visitas de Estado de sua Excelência Presidente João Manuel Gonçalves Lourenço a Portugal e de Sua Excelência Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa, bem como Sua Excelência Primeiro-Ministro António Costa a Angola, a que se seguiram outras visitas ao mais alto nível, de ministros, secretários de Estado, delegações técnicas e de instituições públicas e privadas, das mais distintas áreas da vida política, económica, científica e social, bem como das esferas dos poderes legislativo e judicial, numa cooperação frutuosa, abrangente e multiforme”.

“São relações de amizade e cooperação, baseadas no respeito pela independência e soberania, consolidadas na compatibilização e conjugação de interesses e vontades, sinergias em parcerias, visando cada vez maiores resultados, na certeza de que benefícios recíprocos criam e mais profícuas oportunidades e de objectivos capazes de contribuir para a alavancagem de esforços de crescimento e desenvolvimento de ambos os países.

São, também, relações de fraternidade e amizade que envolvem as comunidades nacionais de cada um dos países, residentes no território do outro, para as quais se deve dar a melhor atenção, também no que respeita à facilitação da mobilidade dos cidadãos que por diversas razões têm necessidade de se deslocar de um país para o outro”, acrescentou o Embaixador Carlos Alberto Fonseca no seu discurso sobre os 47 anos de Independência Nacional.

PERCURSO DE 47 ANOS

No início da sua intervenção, o Embaixador da República de Angola em Portugal recordou aquilo que foi o percurso do País durante os 47 anos de independência. “Ao comemorarmos o 47º aniversário do Dia da Independência de Angola, data maior do nosso calendário, não podemos deixar de evocar a transcendência histórica desse acontecimento que pôs termo ao colonialismo, quando o Povo Angolano na voz de Agostinho Neto, que se tornou o primeiro Presidente da República, proclamou perante África e o mundo, a independência de Angola”.

Depois de sublinhar o período que se vivia nos primeiros anos de independência, “marcado pelo difícil tempo da guerra fria”, o Embaixador Carlos Alberto Fonseca destacou que Angola foi capaz de ajudar a “erradicar o colonialismo e o sistema de dominação racial. Vencemos a guerra, fizemos a paz e a reconciliação nacional. Reconstruímos o país e lançamo-nos na senda do desenvolvimento económico e social”, disse.

“Evoluímos por vontade própria e soberana, ajudando a transformar o contexto político e participando no processo de pacificação e democratização da região em que estamos inseridos, tornando-a, de uma das mais conturbadas e instáveis do continente africano, numa das mais pacíficas, caracterizada hoje pela estabilidade e progresso, num processo de integração económica em que a cooperação e o desenvolvimento são hoje o mote das agendas nacionais e regional, assente nos valores da paz, liberdade e democracia”, acrescentou.

Além da ministra portuguesa da Ciência e Tecnologia, Elvira Fortunato, estiveram presentes no evento diplomatas de diferentes países acreditados em Portugal, a viúva do primeiro presidente de Angola, Maria Eugénia Neto, políticos e membros da comunidade civil, militar e eclesiástica.

No evento, foi igualmente exibido um documentário que retrata a actual situação de Angola, as suas conquistas e as metas para para um futuro próximo.

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