Portugal reconhece capacidade angolana
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O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas de Portugal, general Carlos Jerónimo, declarou que as impressões que tem do Exército angolano são as melhores e não apenas no país, mas também em actuações no estrangeiro, onde revela “ter militares extremamente competentes, profissionais dedicados e que trabalham em prol da pátria e da sua população”.
O general Carlos Jerónimo, que manifestou a opinião no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, à chegada a Luanda para uma visita de trabalho de sete dias, disse ter “muito boas impressões” dos três ramos das Forças Armadas Angolanas, o que motiva Portugal a fortalecer as relações bilaterais no domínio militar.
Sem conhecer muitos pormenores, sublinhou, sei que Angola está integrada na SADC, mas cada país é soberano para tomar as decisões que pretender, quer no âmbito interno, quer no das organizações internacionais em que está inserido e o Exército Angolano tem intervenção oportuna nas missões para as quais é chamado.
“Como é sabido, as Forças Armadas Angolanas e as Portuguesas têm uma relação de há muitos anos em termos de cooperação técnico-militar, que permite que muitos militares angolanos sejam formados em Portugal e que militares portugueses estejam em Angola a dar formação”, disse.
O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas de Portugal está em Luanda a convite do seu homólogo angolano, general Geraldo Sachipengo Nunda, para avaliar as relações bilaterais no domínio militar e estudar mecanismos para o reforço da cooperação.
O general Carlos Jerónimo foi recebido à chegada no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro por oficiais do Estado-Maior General das FAA e pelo adido português de Defesa, capitão de Mar-e-Guerra João Manuel Figueiredo de Passos.
O general descartou a assinatura de qualquer acordo, sublinhando que a sua vinda a Angola visa o reforço das relações bilaterais no domínio técnico-militar, para benefício mútuo dos dois países, das suas forças armadas e dos próprios militares. Durante a sua estada em Angola, Carlos Jerónimo mantém encontros separados com o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas, general Geraldo Sachipengo Nunda, e com o comandante-geral do Exército angolano, general Lúcio do Amaral. “Eu costumo dizer que ninguém sabe tudo. A vida é uma escola e aprendemos todos os dias. Portanto, é nesta perspectiva que eu me encontro aqui, porque também venho aprender com certeza. As relações entre os nossos dois países seguem um ritmo normal, com todos os ramos das Forças Armadas”, referiu o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas de Portugal.
O programa prevê visitas ao Comando do Exército, ao Museu de História Militar, Região Militar de Luanda, à Escola Superior de Guerra, ao Santuário da Muxima, à Academia Militar de Benguela, ao Porto do Lobito e a Cabo Ledo, onde assiste ao acto central das comemorações do aniversário das Forças Especiais.
