Presidente José Eduardo dos Santos aguardado em Beijing

FOTO: FRANCISCO MIUDO

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O Presidente da República, José Eduardo dos Santos, é aguardado ao fim da tarde de hoje, segunda-feira, em Beijing, para uma visita de três dias à China, a convite do seu homólogo Xi Jinping, para o reforço dos laços de cooperação e amizade existentes entre os dois países.

Nesta sua visita à China, onde deverá chegar por volta das 17:00 locais (10:00 de Angola), o estadista angolano faz-se acompanhar da primeira-dama, Ana Paula dos Santos.

Integram a delegação presidencial, o ministro de Estado e Chefe da Casa Civil do Presidente da República, Edeltrudes Costa, e os titulares das pastas das Relações Exteriores, Georges Chikoti, dos Transportes, Augusto Tomás, do Comércio, Rosa Pacavira, e da Energia e Águas, João Baptista Borges, já em Beijing desde domingo.

O embaixador de Angola na China, Garcia Bires, disse sábado, em Beijing, que no âmbito da visita do Chefe de Estado será negociado um novo pacote financeiro para fazer face às dificuldades que Angola vive actualmente, cuja solução deverá passar pela diversificação da sua economia.

Acrescentou que à margem da visita, será realizado um Fórum Empresarial com o propósito de captar investimentos para cumprir com o Programa da Diversificação da Economia (PDE), traçado pelo Executivo angolano, já na perspectiva de expurgar a crise resultante da queda do preço do petróleo no mercado internacional.

Fontes diplomáticas na capital chinesa indicam que o Executivo angolano espera receber do “gigante” asiático mais investimentos para a implementação e concretização das metas alinhadas no PDE em curso no país.

“Pretende-se que alguns desses projectos sejam executados por privados, quer através do investimento directo, quer de parcerias entre nacionais e estrangeiros, daí a participação no anunciado Fórum de notáveis homens de negócios de ambos os países”, justificam.

Indicaram que da parte das empresas chinesas, é notória a receptividade em participar no processo de industrialização de Angola, mediante a execução de projectos de grandes dimensões e estruturantes integradas para o desenvolvimento das cadeias produtivas do país.

As mesmas fontes consideram que o contexto actual da economia nacional exige dos angolanos mais serenidade e criatividade na adopção de políticas e estratégias que conduzam à inversão do quadro presente, cujo foco deve direccionar-se ao combate à fome e à pobreza, geração massiva de emprego e à melhoria das condições de vida das populações.

“É lícito diversificar a economia adoptando políticas consistentes na caracterização do crescimento equilibrado de todas as regiões do país, desenvolvendo uma economia agrícola mecanizada que tenha como base a agricultura e a indústria como factor decisivo de produção para o mercado”, sustentam.

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