Destacado papel de Angola na pacificação do continente
Fotografia: Mota Ambrósio
A directora da Divisão África para as Operações de Paz e Segurança das Nações Unidas, Nannethi Ahmed, reconheceu ontem, em Joanesburgo, o importante papel desempenhado por Angola no “árduo processo de pacificação do continente”, com realce para países como o Congo Democrático e a República Centro Africana.
Nannethi Ahmed, que fez estas declarações após um encontro com o secretário de Estado das Relações Exteriores, Manuel Augusto, sublinhou que Angola tem desempenhado um papel importante na pacificação do continente e tem também exercido grande influência nas decisões tomadas pelo Conselho de Segurança da ONU para a paz mundial.
“Estamos satisfeitos com o desempenho de Angola neste período em que o continente precisa de paz e estabilidade para o desenvolvimento económico e social”, realçou, acrescentando que o encontro com Manuel Augusto incidiu sobre a situação na República Democrática do Congo e na República Centro Africana, cuja evolução varia de país para país. “Temos informações de que existem progressos em cada um deles. Gostávamos que tudo isso se desenvolvesse de modo mais acelerado”, realçou.
O secretário de Estado das Relações Exteriores, Manuel Augusto, disse que estando Angola a presidir à Conferência dos Grandes Lagos, a discussão com Nannethi Ahmed centrou-se, em grande medida, na evolução da situação na região, nomeadamente na República Democrática do Congo e República Centro Africana.
“Falámos igualmente da crise pré-eleitoral no Burundi. De modo geral, reafirmámos a vontade de Angola e do Departamento das Operações de Paz das Nações Unidas em trabalhar juntos”. Manuel Augusto acrescentou que “por sermos membros não permanentes do Conselho de Segurança, por maioria de razão temos a obrigação de trabalhar de modo sincronizado com a ONU para mitigar e procurar melhores soluções para as crises políticas na região e no continente em geral, principalmente as de paz e segurança”.
Manuel Augusto encontrou-se ainda ontem com o ministro britânico para os Assuntos Africanos, James Duddridge, com quem abordou a situação da paz e segurança na Região dos Grandes Lagos.
