Angola é dos mais atractivos no comércio a retalho

Fotografia: José Soares

Fotografia: José Soares

Angola e Moçambique atraem grandes cadeias de retalho internacionais e afirma o estudo “African Retail Development Index”, da companhia de consultoria A.T. Kearney, que estão entre os 15 países africanos mais atractivos para este tipo de investimentos.

A empresa de consultoria coloca Angola em terceiro lugar entre os países africanos mais atractivos para as cadeias de retalho internacionais, atrás apenas do Gabão e do Botswana, e à frente da Nigéria, tendo em conta factores como a dimensão da população urbana, eficiência a nível empresarial e risco para os investidores, no estudo divulgado  em Nova Iorque.
“Angola tem uma das economias africanas com desenvolvimento mais rápido e um imobiliário de retalho em franco crescimento”, sublinha a consultora que sublinha, contudo, o facto de a classe média angolana ter ainda uma dimensão “pequena”, sendo igualmente reduzido o montante das despesas dos consumidores.
A expansão acentuada da população e do rendimento médio de Angola tem feito com que cadeias como a sul-africana Spar, seguindo o exemplo de outros grupos sul-africanos, como a Shoprite, tenham decidido investir no país, depois do grupo brasileiro Odebrecht ser chamado pelo Executivo para uma parceria na gestão logística da cadeia estatal Nosso Super. Entre as grandes cadeias internacionais que se expandem no continente estão a norte-americana Wall-Mart, mas também gigantes de origem sul-africana como a Woolworths e Pick’n Pay Stores. No estudo da A.T. Kearney, Moçambique surge como o 15º país mais atractivo para estas cadeias.

Moçambique

A empresa de consultoria considera que o sector do retalho moçambicano é dominado por empresas sul-africanas, em particular a Shoprite, mas também que o impacto do crescimento económico, dos mais altos do continente africano, está fundamentalmente relacionado com a actividade mineira, não se fazendo sentir grandemente nos centrpos urbanos. Tal como em Angola, a comunidade chinesa está fortemente representada no comércio a retalho e investe em grandes superfícies.
No caso de Moçambicque, destaca-se o recente hipermercado gerido pela companhia “Number One Supermarket”, com produtos alimentares, bebidas, electrodomésticos e outros, um investimento de dois milhões de dólares (cerca de 270 milhões de kwanzas) na cidade de Quelimane, capital da província da Zambézia. Investidores chineses pretendem a médio prazo construir um empreendimento idêntico na cidade de Mocuba, no centro da província da moçambicana da Zambézia.

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