Governo confirma parceria com a ONU

Fotografia: Rogério Tuti

Fotografia: Rogério Tuti

O Governo angolano assumiu o compromisso de trabalhar em estreita colaboração com as Nações Unidas e parceiros no esforço para encontrar soluções pacíficas para os conflitos que ameaçam a paz, estabilidade e retardam o desenvolvimento multidimensional dos países.

A garantia é do secretário de Estado das Relações Exteriores, Manuel Augusto, durante a cerimónia de celebração dos 70 anos das Nações Unidas, sexta-feira em Luanda. Manuel Augusto reafirmou que Angola, enquanto Estado-membro da ONU, tem reafirmado este compromisso e reforçado a sua presença e participação activa nos trabalhos, com vista ao alcance dos ideais e propósitos solenemente estabelecidos na carta constitutiva daquela organização internacional.
“O nosso país desempenhou várias funções e conduziu diversas actividades nos órgãos do sistema das Nações Unidas, tendo sido vice-presidente da Assembleia-Geral e membro do Conselho de Segurança”, lembrou Manuel Augusto, referindo ainda que Angola presidiu às comissões de Consolidação da Paz e do Desenvolvimento da População, a Comissão sobre o Estatuto da Mulher, o Conselho dos Direitos Humanos, entre outros órgãos.
Além destas funções, Angola foi eleita pela segunda vez, no dia 16 de Outubro de 2014, membro não permanente do Conselho de Segurança para o biénio 2015-2016, com 190 votos a favor dos 193 membros da Assembleia-Geral, com aposta na promoção da paz e segurança internacionais.
O secretário de Estado assinalou também que o país assumiu em Outubro deste ano na Assembleia-Geral das Nações Unidas o compromisso de adoptar medidas adequadas que fortaleçam a Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável, tendo como prioridades absolutas a erradicação da pobreza e da fome, a promoção do desenvolvimento social e económico, a protecção dos direitos de todos, a igualdade de género, reforço do poder das mulheres, as questões relativas ao ambiente, o acesso aos serviços de qualidade e atenção especial aos grupos vulneráveis.
Depois de 70 anos de existência, Manuel Augusto defendeu ser imperioso reflectir sobre a situação da das Nações Unidas, particularmente sobre o grau de materialização dos compromissos assumidos desde a sua fundação, sobre a sua capacidade para promover, manter e reforçar a paz, segurança e estabilidade mundial, bem como assegurar uma resposta precisa, concreta, eficiente e, em tempo útil, os desafios actuais e emergentes na sociedade internacional. O secretário de Estado das Relações Exteriores também reiterou o compromisso de Angola continuar a trabalhar com as Nações Unidas para promover uma maior cooperação multilateral, aumentar a disponibilidade de recursos para enfrentar os desafios económicos e sociais urgentes, especialmente o da erradicação da pobreza e da fome.
O secretário de Estado reiterou o total engajamento do Executivo na preservação do meio ambiente como premissa fundamental para o futuro e a sobrevivência do planeta. Depois de 70 anos da sua fundação, Manuel Augusto declarou ser imperioso reflectir sobre a situação da Organização, particularmente sobre o grau de materialização dos compromissos assumidos desde a sua fundação, sobre a sua capacidade para promover, manter e reforçar a paz, segurança e estabilidade mundial, bem como assegurar uma resposta precisa, concreta, eficiente e em tempo útil aos desafios actuais e emergentes na sociedade internacional.
No âmbito da celebração do quadragésimo aniversário da Independência Nacional, Manuel Augusto agradeceu à ONU pela sua colaboração e participação multiforme na preservação da maior conquista do povo angolano.
O coordenador residente do Sistema das Nações Unidas em Angola e representante residente do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), Paolo Balladelli, afirmou que as Nações Unidas, enquanto mecanismo de colaboração entre os países, continua a ser crucial, facilitador do diálogo e do respeito das convenções internacionais assinadas, tendo em conta a existência de interesses privados, corporações, movimentos e até de planos de terrorismo, que impulsionam os conflitos.
Para Paolo Balladelli, as Nações Unidas, por força da Carta assinada em 1945, ainda têm grande relevância no actual contexto mundial de desigualdades e intolerância, porque representa uma das melhores apostas da humanidade para o progresso no caminho da justiça social, defesa do meio ambiente, paz e segurança internacionais e do progresso económico e social de todos os povos. Quanto aos desafios nacionais e globais, disse que os Estados membros devem integrar e operacionalizar paulatinamente a nova agenda mundial nos planos nacionais de desenvolvimento.
O acto de celebração dos 70 anos da ONU foi promovido pelo Ministério das Relações Exteriores, em parceria com o Sistema das Nações Unidas em Angola, e representa um exemplo de unidade entre o Executivo e aquela organização mundial.

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