Congo reforça cooperação na agricultura

Fotografia: Francisco Bernardo

Angola e a República do Congo decidiram cooperar no domínio da agricultura, no sentido de diversificar as suas economias, afirmou em Malanje o ministro dos Negócios Estrangeiros daquele país, Jean Claude Gakosso.

Acompanhado do ministro das Relações Exteriores, Georges Chikoti, Jean Claude Gakosso disse que o objectivo da deslocação a Malanje foi descobrir as potencialidades da província do ponto de vista económico, tendo em conta que se trata de uma região com clima fértil propício para o desenvolvimento da agricultura.
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Congo lembrou que as relações entre a República do Congo e Angola são de longa data e remontam desde o período de luta de libertação dos dois países irmãos. A República do Congo é igualmente um produtor de petróleo e também tem interesse em diversificar a economia, com uma aposta forte no sector da agricultura.
Jean Claude Gakosso disse ter recebido informações sobre as potencialidades agrícolas e do sector energético, que considera crucial para o desenvolvimento da agricultura. Por isso destacou as obras de construção da barragem de Lauca, que vai fornecer energia para Malanje e Cuanza Norte.
Em Malanje, Jean Claude Gakosso inteirou-se igualmente das potencialidade turísticas da província, tendo visitado as Quedas de Calandula, 85 quilómetros a norte da sede provincial, e as Pedras Negras de Pungo a Ndongo, em Cacuso.
O ministro manifestou a sua satisfação pela generosidade demonstrada pela população de Malanje, tendo associado a recepção calorosa ao facto de a sua esposa ser originária daquela província e por possuir familiares residentes naquela parcela do território nacional.
O ministro das Relações Exteriores, Georges Chikoti, destacou a importância da visita do ministro congolês, referindo que se trata de um país com relações antigas e profundas com Angola. Lembrou que a luta pela libertação de Angola passou, também, pelo Congo. Os dois países partilham interesses na área de segurança, agricultura, energia e transportes. Em breve vai ser inauguradaa exploração conjunta de petróleo no campo de Lianzi, situado na fronteira entre os dois países. Lianzi tem um potencial produtivo de 70 milhões de barris e foi projectado para produzir cerca de 36 mil barris de petróleo por dia, repartidos em 50 por cento para cada lado.
Uma vez que a localização dos jazigos atravessa as fronteiras comuns foi criado um órgão estatal, a Comissão de Unitização, para o acompanhamento de todo o projecto. O órgão é encabeçado pelos ministros dos Petróleos dos dois países e tem o suporte de um grupo técnico que analisa e soluciona os problemas decorrentes.