Retrospectiva2015: Visita de campo do PR constitui destaque anual no Sambizanga

FOTO: PEDRO PARENTE

FOTO: PEDRO PARENTE

A visita de campo que o Presidente da República, José Eduardo dos Santos, efectuou ao Distrito Urbano do Sambizanga, província de Luanda, em Agosto de 2015, onde recebeu os devidos esclarecimentos sobre as obras estruturantes em curso na circunscrição, constitui o destaque da retrospectiva noticiosa de 2015.

Na altura, a jornada culminou com uma reunião de balanço, durante a qual os sectores públicos envolvidos nas obras prestaram informações e os devidos esclarecimentos sobre as acções estruturantes em curso.

Preocupado com o prazo excessivo da execução das infra-estruturas básicas ao longo da rua Ndunduma, o Presidente da República orientou que se criassem condições para a sua redução e para uma melhor gestão do cadastro das redes técnicas existentes.

Em relação ao projecto de estabilização das encostas da Boavista e ao viaduto de ligação à rua Senado da Câmara, tendo em conta que várias famílias continuam a residir nesta área em situação de grande risco, o Presidente José Eduardo dos Santos orientou que se periodizasse o realojamento das mesmas.

2015 foi ainda marcado por uma nova dinâmica na requalificação do Bairro Operário, onde o Governo decidiu que os senhorios das casas do Bairro Operário (B.O) beneficiassem dos apartamentos no novo edifício construído na mesma zona, enquanto os moradores dos seus anexos fossem para o Zango, o que tem sido muito contestado por estes, negando-se à transferência para Viana.

Já no capítulo cultural, o país viu desaparecer do mundo dos vivos um músico, filho do Sambila, Bernardo Jorge “Bangão”, falecido na madrugada do dia 17 de Maio, na África do Sul, vítima de doença.

Dono de uma longa e rica carreira artística, Bangão foi um dos músicos mais referenciados do mercado nacional, fruto dos seus dois últimos discos “Sembele” e “Cuidado”.

2015 foi ainda o ano em que mais uma vez o oportunismo de alguns cidadãos obrigou a administração do Distrito Urbano do Sambizanga a destruir várias casas de chapa e algumas de bloco, construídas anarquicamente, nas encostas da Boavista e na comuna do Ngola Kiluanje, por formas a desencoraja-los dessas práticas que prejudicam as próprias famílias.

As construções tinham sido feitas em locais de risco, em montanhas de areia e linha de águas pluviais, por cidadãos que já tinham sido desalojados nos mesmos sítios e beneficiado de residências no Zango e outros no Panguila (Bengo), mas voltaram com o objectivo de beneficiarem de outras moradias.

Neste sentido, foi anunciado pelo assessor do Presidente da Comissão Administrativa da Cidade de Luanda (CACL), Manuel Cruz, a requalificação do Bairro Sambizanga, onde dezasseis dos cem edifícios previstos, do tipo três começarão a ser construídos em breve, na área do Dimuka, próximo dos armazéns. Cerca de 120 mil famílias dessa área serão transferidas para o Zango.

Até 2021, serão construídos um total de 32 edifícios, sendo os outros 16 prédios construídos na parte adjacente ao Dimuka.

Outrossim, o péssimo estado das vias de acesso, caracterizadas por vários buracos e inexistência de asfalto, como as ruas 12 de Julho, parte da Ndunduma e interior dos bairros Ngola Kiluanje, Sambizanga e Operário, têm sido muito contestadas pelos moradores e não só, mormente em épocas chuvosas.

Outra negativa marcante em 2015 foi o lixo que existe um pouco por toda província de Luanda e que não poupa o Sambizanga. A sociedade civil tem realizado algumas acções de limpeza e recolha dos detritos.

As zonas do São Paulo, rua Luegi AnKonda, estrada da comarca e Bairro Uige são as mais afectadas com grandes quantidades de lixo.

Por este facto, membros de cem famílias consideradas vulneráveis, do Distrito Urbano do Sambizanga, em Luanda, beneficiaram de vinte motorizadas de três rodas com carroçaria, com o fito de criarem brigadas para transportarem o lixo do interior dos seus bairros para o ponto de transferência, sito no bairro Ngola Kiluanje.

No entanto, vários problemas enfermam o Distrito Urbano do Sambizanga, como a falta de água canalizada e de energia eléctrica em vários bairros, péssimo saneamento básico, estradas esburacadas, inexistência de iluminação pública e falta de civismo de alguns moradores, pelo que se espera um ano 2016 melhor.

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