Angola tem suporte em técnicas nucleares

Fotografia: Cedida pelo Ministério da Energia e Águas

Fotografia: Cedida pelo Ministério da Energia e Águas

O ministro da Energia e Águas realçou em Viena de Áustria a assistência que a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) tem concedido ao país ao longo dos últimos anos.

Um comunicado do Ministério indica que João Baptista Borges discursava na 60ª sessão regular da conferência geral da AIEA, que decorre desde segunda-feira até amanhã naquela cidade europeia.
O ministro apontou o suporte a estudos de viabilidade para o uso de técnicas de esterilização, como parte de uma ampla gestão integrada para o controlo da mosca tsé-tsé e a aplicação de técnicas nucleares e moleculares para o diagnóstico e controlo transfronteiriço de doenças animais, como alguns dos exemplos dessa assistência.
Outros apoios da AIEA apontados por João Baptista Borges são o suporte à expansão de serviços de radioterapia, o incremento da capacidade nacional para a melhoria da nutrição e saúde humana, o aperfeiçoamento do uso de hidrologia isotópica no planeamento, gestão e incremento de recursos hídricos, o estabelecimento de um laboratório de hidrologia isotópica, assim como a gestão de Materiais Radioactivos de Ocorrência Natural (Norm) na área dos petróleos.
Angola, disse, está completamente comprometida com os ideais e objectivos do Tratado de Não Poliferação. Prova disso, sublinhou, tem cumprido com as suas obrigações e deveres. “Angola congratula-se ainda pelo facto de, em 2015, a taxa de realização dos pagamentos para o Fundo de Cooperação Técnica-TCF ter atingido os 94,1 por cento, representando o melhor desempenho nos últimos cinco anos”, referiu. Tal como o fez nas anteriores ocasiões, o ministro da Energia e Águas sugeriu que, na eventualidade de um Estado-membro perder a capacidade de pagar as suas contribuições, como resultado de situações ou eventos adversos, o mesmo não perca o seu direito de beneficiar dos projectos de cooperação técnica da agência.
Outro benefício  que se regista em Angola, como resultado da assistência técnica da Agência Internacional de Energia Atómica tem a ver com a área da oncologia, que tem permitido ao Executivo realizar melhor prestação na assistência médica aos angolanos pelo Instituto Nacional de Oncologia, em Luanda, e reduzir gastos com a evacuação de doentes para o exterior.
O ministro da Energia e Águas expressou o seu “inequívoco apoio” pela iniciativa da Agência Internacional de Energia Atómica em organizar, no próximo mês de Dezembro, uma segunda conferência na área de segurança nuclear. “A conferência internacional sobre Segurança Nuclear: compromissos e acções, por si só demonstra plenamente o papel central da AIEA no fortalecimento dos esforços internacionais, para prevenir o uso indevido de materiais nucleares e outros materiais radioactivos de forma a garantir um sistema mundial de segurança nuclear mais eficaz e seguro”, considerou.
O ministro da Energia e Águas reiterou, igualmente, a “inteira disponibilidade” de Angola continuar a cooperar com a Agência Internacional de Energia Atómica, com vista a garantir um futuro de paz, progresso e bem-estar, num universo de prosperidade para todos os povos do planeta.

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