Ministra da Cultura considera fundamental laços entre angolanos e portugueses

Cerimónia de inauguração de exposição de artistas plásticos angolanos em Portugal

Cerimónia de inauguração de exposição de artistas plásticos angolanos em Portugal

A ministra da Cultura, Carolina Cerqueira, considerou na noite desta quarta-feira, em Lisboa (Portugal), fundamental o estreitamento dos vínculos entre angolanos e portugueses no âmbito cultural, preservando, cada um, a sua identidade enquanto falantes de língua portuguesa.

Para a ministra, que falava na cerimónia de inauguração da exposição Artes Mirabilisque contou, entre outros, com a presença do presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, e do embaixador angolano, Marcos Barrica, deve-se respeitar a diversidade de cada um dos países, tanto mais que é dessa diversidade que emerge a sua riqueza.

Carolina Cerqueira asseverou que os laços que unem os países lusófonos são marcados por séculos de história comum e pela língua comum – o português.

Relativamente à exposição, do ponto de vista da ministra, as obras que integram a Artes Mirabilis são a personificação da vivacidade, diversidade e profundidade da cultura angolana, uma cultura que faz jus à alma do seu povo.

“Ontem, perdemos mais um insigne homem das artes em Angola,o artista plástico Augusto Ferreira, que também está exposto nesta mostra, que transpos com as suas telas as nossas fronteiras e levou o sentir e o ser angolano para muitos cantos do mundo. Que a sua obra continue na perenidade a inspirar as jovens gerações de artistas angolanos”, acrescentou.

A governante angolana adiantou que a cultura é a alma de um povo, a sua memória mais perene, a saudade, o passado e o presente que se reflectem na identidade e a cultura angolana une séculos de memória, que sobreviveram a inúmeras provações, sem nunca perder a pureza, a integridade, a heroicidade, o estoicismo, o valor e, principalmente, o sonho.

A ministra adiantou que as culturas africanas que tanto inspiraram o modernismo europeu, tão visível nas obras de Pablo Picasso, entre outros, são desde sempre marcadas pelo sonho, pela imaginação e pelo etéreo.

A exposição reúne mais de 50 artistas plásticos angolanos e um núcleo de 20 peças etnográficas da cultura angolana  da região do antigo Reino do Kongo.

O evento visa divulgar a cultura nacional, do passado ao presente, e assinalar o 4 de Fevereiro, Dia do Inicio da Luta Armada, e o 4 de Abril, Dia da Paz e da Reconciliação Nacional.

A amostra, que estará patente até ao dia 4 de Abril, é organizado pela embaixada de Angola em Portugal e pela União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA) e conta com o apoio do Ministério da Cultura de Angola.

Além das obras, a mostra conta ainda com 20 esculturas de carácter etnográfico, e tem como curador o artista plástico angolano Lino Damião.

Esta exposição, a primeira que a UCCLA acolhe este ano, tem como objectivo prestar homenagem à cultura angolana no início da abertura de um novo ciclo político, económico e social, com os olhos postos no futuro e na entreajuda dos povos de língua oficial portuguesa.

A exposição conta com o apoio de instituições ligadas às artes como a Fundação Berardo.

 

 

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