Transportes avança para parcerias com sector privado

AUGUSTO TOMÁS, MINISTRO DOS TRANSPORTES FOTO: ROSÁRIO DOS SANTOS

AUGUSTO TOMÁS, MINISTRO DOS TRANSPORTES
FOTO: ROSÁRIO DOS SANTOS

26 Março de 2018 | 17h32 – Actualizado em 27 Março de 2018 | 12h16

O Executivo vai promover a realização de parcerias estratégicas com o sector privado no sector marítimo, portuário e ferroviário, anunciou nesta segunda-feira, em Luanda, o ministro dos Transportes, Augusto da Silva Tomás.

Ao discursar na abertura do workshop sobre o plano director Nacional do sector dos transportes e estudos de viabilidade preliminar da ligação ferroviário entre o CFB e a Zâmbia, sublinhou ser necessário concluir os projectos estruturantes de interesse nacional no sector dos transportes.

Considerou importante desenvolver uma estratégia específica para o transporte marítimo de cabotagem e fluvial de passageiros e carga, a nível do país, assente num plano de negócios e numa perspectiva de redução das assimetrias regionais, melhoria da mobilidade e do aumento do rendimento das populações rurais ribeirinhas, envolvendo na sua implementação entidades privadas com tecnologia, recursos e capacidade.

Citou a construção do novo Aeroporto Internacional de Luanda (NAIL) e dos aeroportos do Cuito – Bié (Joaquim Kapanga) e de Cabinda (Maria Mambo Café), o lançamento do concurso público para a construção do aeroporto de M’banza Congo, a conclusão da reabilitação e modernização do caminho-de-ferro de Benguela e a execução do projecto da ligação desta linha ferroviária com a república da Zâmbia, a partir da província do Moxico.

Em relação ao Aeroporto Internacional de Luanda, o ministro, entende ser necessário actualizar e operacionalizar o plano de negócios e de marketing, visando a sua utilização como um “Hub” entre a América Latina e a Ásia e da distribuição de tráfego da Europa para os países vizinhos, particularmente da África Austral.

Augusto da Silva Tomás acha importante promover o surgimento de plataformas logísticas multimodais, nos principais corredores de desenvolvimento, facilitando a distribuição dos produtores no território, bem como viabilizar a atribuição de concessões para a construção, financiamento e operação de ramais ferroviários para grandes indústrias, complexos mineiros ou centrais de energia que sejam recuperados.

O Ministério quer igualmente preparar o projecto executivo da rede prioritária sobre a interligação da linha do Caminho-de-Ferro de Benguela, da linha do Caminho-de-Ferro de Moçâmedes entre si e com os países vizinhos, com objectivo de criar uma rede integrada ferroviária que potencie a mobilidade de pessoas e bens a nível nacional e com os países vizinhos, com maior segurança e a custos mais baixos.

Na visão do ministro,  esses projectos servirão para garantir a segurança do sector aéreo e reforçar a sua credibilidade internacional, através do reforço de capacidades e competências do Instituto Nacional de Aviação Civil, e da implementação da 2ª fase do programa de gestão e de controlo do espaço aéreo civil.

De acordo com o governante, o Ministério deverá lançar o concurso público para a construção do sistema ferroviário “Monocarril” em Luanda, obedecendo ao princípio das parcerias público – privadas (PPP), bem como o lançamento do programa de transporte escolar grátis para alunos e professores até ao primeiro ciclo conforme a Lei de Base do sistema de educação e ensino.

O sector vai impulsionar a integração das diferentes companhias aéreas privadas nacionais, interessadas numa empresa única, liderada pela TAAG, com a participação da Enana e de outros entes privados com capital financeiro para o efeito, para um transporte aéreo doméstico rentável, sustentável e que sirva os interesses da população.

O workshop sobre a Actualização do Plano Director Nacional do Sector dos Transportes em Angola, realizado no Anfiteatro do Instituto Superior de Gestão, Logística  e Transportes (ISGEST) analisou o estudo preliminar da viabilidade da ligação ferroviária entre o caminho de ferro de Benguela e a Zâmbia.

O encontro, que contou com a presença do governador de Luanda, Adriano Mendes de Carvalho, visou apresentar o plano integrado de transportes, com um horizonte temporal de 20 anos, em que são considerados todos os modos de transportes e definido o papel do sector na modernização e diversificação da economia nacional.

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