Valores culturais angolanos presentes na Exposição Colectiva Artes Mirabilis

O Adido Cultural da Embaixada de Angola em Portugal, Luandino Carvalho, considerou nesta quarta-feira, em Lisboa, que a angolanidade e o talento de agentes culturais que por via da cultura enfrentaram os terríveis anos da guerra, esteve viva na exposição Artes Mirabilis.

 Luandino de Carvalho fez tais considerações durante a cerimónia de encerramento da Exposição colectiva de artistas plásticos angolanos Artes Mirabilis, que decorreu de 4 de Fevereiro a 4 de Abril, em Lisboa, com objectivo de divulgar a Cultura Nacional, do passado ao presente, e assinalar as duas referidas datas históricas para o povo angolano.

De acordo com o diplomata, a mostra representou artisticamente, a expressão multifacetada de como os angolanos foram capazes de descobrir Angola, desde que nos anos 50 figuras como Agostinho Neto, Viriato da Cruz, Mário Pinto de Andrade, António Jacinto e tantos outros, decidiram abraçar a luta pela liberdade por via da cultura.

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A Diplomacia Cultural é chamada a revelar ao mundo mais do que as peças etnográficas ancestrais contidas na exposição Artes Mirabilis, os 57 artistas aqui revelados, mas todo o acervo fabuloso que produziu a matriz do 4 de Fevereiro, levou Angola à Independência Nacional e derrotou a guerra e barbárie, içando a bandeira da Paz nos corações dos angolanos, no 4 de Abril de 2002.

«Nesta exposição que hoje encerra, estiveram presentes projectos culturais de 57 artistas plásticos, 57 formas de mostrar o orgulho de ser angolano, 57 contributos para um diálogo aberto entre formas de expressão diferentes, ideias diferentes, diversas formas de encarar Angola e o mundo», referiu. Para além de um núcleo de 20 peças etnográficas da cultura angolana  da região do antigo Reino do Kongo.

Por sua vez o Secretário-geral da UCCLA, Victor Ramalho disse ser a primeira exposição que a instituição leva a efeito homenageando a cultura angolana, no início da abertura de um novo ciclo político, económico e social, com os olhos postos no futuro e na entreajuda dos povos de língua oficial portuguesa. O Secretário-geral agradeceu a participação dos artistas angolanos na mostra e disse que vai continuar a trabalhar para a divulgação da cultura de Angola e de outros países membros da UCCLA.

A amostra, que esteve patente desde o dia 7 de Fevereiro de 2018 foi organizada pela Embaixada de Angola em Portugal e pela União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA), tendo o apoio do Ministério da Cultura e teve como curador o artista plástico angolano Lino Damião. Foi inaugurada pela Ministra da Cultura Carolina Cerqueira e contou com a presença do Presidente da República portuguesa Marcelo Rebelo de Sousa.

 

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A exposição, a primeira que a UCCLA acolheu este ano, teve como objectivo prestar homenagem à cultura angolana no início da abertura de um novo ciclo político, económico e social, com os olhos postos no futuro e na entreajuda dos povos de língua oficial portuguesa e nestes, naturalmente, do povo português.

No evento que encerrou as comemorações da parte cultural do dia da Paz e da Reconciliação Nacional em Portugal, estiveram presentes o Embaixador de Angola em Portugal, José Marcos Barrica, o Embaixador junto da CPLP Luís de Almeida, o Director Nacional de Informação Rui Vasco, em representação do Ministro da Comunicação Social João Melo, os cônsules de Angola nas cidades de Lisboa e Faro, diplomatas, membros da sociedade civil, estudantes entre outros.


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