Diplomacia económica contribuirá para crescimento mais rápido
24 Maio de 2018 | 16h29 – Actualizado em 24 Maio de 2018 | 16h28
O desenvolvimento de uma diplomacia económica eficaz contribuirá para que o país possa ter um crescimento mais rápido, de acordo com o ministro de Estado para o Desenvolvimento Económico e Social, Manuel Nunes Júnior.
Em declarações à imprensa, à margem da 8ª reunião de embaixadores angolanos, que abordou nesta quinta-feira, entre outros assuntos, a diplomacia económica, Manuel Nunes Júnior frisou que as linhas fundamentais da política externa foram claramente definidas pelo Presidente da República, João Lourenço, em Setembro de 2017, sendo o vector principal a diplomacia económica.
Por este facto, o ministro de Estado abordou, com os embaixadores, os principais elementos para que a diplomacia angolana se torna mais focada, clara e eficaz, do ponto de vista de captação de investimento estrangeiro.
“Os embaixadores estão em várias partes do Mundo, conhecem as circunstâncias económicas dos países onde estão e podem perfeitamente trazer para Angola os investimentos que são necessários para, fundamentalmente, apoiar a produção nacional, diversificar a economia e torná-la menos dependente do petróleo”, argumentou.
O ministro de Estado para o Desenvolvimento Económico e Social referiu que “nós queremos uma economia cada vez menos vulnerável a choques externos e, para isso, precisamos de investimentos”.
Considera fundamental que Angola se torne auto-suficiente do ponto de vista alimentar nos próximos anos.
Na visão de Manuel Nunes Júnior, deve-se buscar parceiros internacionais que podem rapidamente ajudar o país a produzir, internamente, aquilo que hoje importa, permitindo assim que as divisas utilizadas na importação de alimentos sejam usadas para outras áreas estratégicas do desenvolvimento, entre as quais a educação.
Para o governante, a formação estratégica de quadros angolanos, importante para que o país tenha recursos humanos de alta qualificação, ajuda a avançar outros sectores.
Referiu que internamente tem havido um trabalho no sentido da melhoria do ambiente de negócios do país, que é um processo que está em curso.
Neste contexto, apontou a nova Lei da Concorrência, que é um elemento importante para evitar que em Angola existam monopólios e oligopólios, de modo haver um mercado eficiente e competitivo.
Manuel Nunes Júnior falou também da Lei de Repatriamento de Capitais, recentemente aprovada pela Assembleia Nacional e que vai permitir a entrada, no país, de recursos que se encontravam noutras paragens financeiras, assim como de outras medidas ligadas ao combate à corrupção.
“Tudo isso são elementos importante que melhoram o nosso ambiente de negócios e tornam o país mais atractivo e apetecível, do ponto de vista do investimento estrangeiro”, concluiu.
Participam na reunião 59 chefes de missões diplomáticas que representam Angola na América, Europa, Ásia e África. A outorga de diplomas de mérito, oito embaixadores que passam à reforma, neste ano de 2018, consta do programa do evento.