Angola Investe financia mais de 500 projectos com USD 900 milhões
27 Junho de 2018 | 15h41 – Actualizado em 28 Junho de 2018 | 08h33
A banca angolana disponibilizou, no período 2013/2017, cerca de 900 milhões de dólares para implementação de 515 projectos dos sectores da actividade económica, no âmbito do Programa Angola Investe, anunciou hoje o secretário de Estado para Economia, Sérgio Santos.
Em declarações à imprensa, à margem da abertura do primeiro Congresso da Produção Nacional, numa promoção da Confederação Empresarial de Angola (CEA), o responsável disse que o Estado desembolsou recursos financeiros para sustentar a bonificação dos juros, a criação do fundo de garantia de crédito e Fundo Activo de Capitais de Riscos Angolano (FACRA), no valor de 450 milhões de dólares.
Considerou satisfatórios os dados do Angola Investe e deverão reforçar o programa, “porque as condições da economia alteraram e a banca não tem assim tanto dinheiro para emprestar, assim como o Estado também está com dificuldades.
Apesar do contexto de dificuldades, disse esperar que o programa atinja melhores resultados no quinquénio 2018/2022, com a perspectiva da economia crescer, pelo menos no sector não petrolífero a um ritmo de 5,1 porcento/ano.
Por outro lado, o secretário de Estado, reconheceu a existência de vários constrangimentos no que diz respeito o acesso ao crédito, uma situação em que os bancos apontam a falta da qualidade dos projectos em investimento, conhecimento do próprio empresário para colocar no papel e poder sustentar as mesmas, como justificação para não cedência de crédito.
Apontou que outro problema para o acesso ao crédito é a falta de garantias, os empresários devem começar os seus negócios e normalmente não têm garantias para dar aos bancos e depois surgem os problemas dos juros.
Para estas três questões, nomeadamente o conhecimento, garantias e encargos financeiros, o Executivo tem programas que estão orientados, nomeadamente o Instituto Nacional de Apoio as Micros, Pequenas e Médias Empresas (Inapem), que está a trabalhar com as empresas no sentido de formar os empresários.
Sérgio Santos referiu que e o Executivo estuda a possibilidade de fundir, em Julho próximo, o Inapem com o Instituto de Fomento Empresarial, duas instituições que estão a trabalhar no sentido de formar os empresários.
“Provavelmente vamos criar um único instituto, não só para aproveitar os recursos financeiros e optimizar essa despesa, mas também para focar mais no trabalho com as associações no sentido de formar os empresários”, disse.
Lembrou que no sentido de reduzir os custos com juros e trazer a garantia, o Executivo no Programa Angola Investe tem um fundo de garantia de crédito que permite aos empresários terem uma garantia de 70 porcento do capital que venham a contrair, assim como a bonificação dos juros, instrumentos que deverão merecer melhorias.
O primeiro Congresso da Produção Nacional, numa promoção da Confederação Empresarial de Angola (CEA), conta com a participação de centenas de empresários de diferentes áreas de negócio das 18 províncias do país e estão a discutir a contribuição do empresariado para o relançamento da economia nacional.