Huawei investe USD 60 milhões em Angola

MULTINACIONAL CHINESA VAI AUMENTAR INVESTIMENTOS EM ANGOLA FOTO: JOE KLAMAR

MULTINACIONAL CHINESA VAI AUMENTAR INVESTIMENTOS EM ANGOLA
FOTO: JOE KLAMAR

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

10 Outubro de 2018 | 08h22 – Actualizado em 10 Outubro de 2018 | 09h50

Sessenta milhões de dólares norte-americanos foram investidos em Angola, nos últimos 20 anos, pela multinacional chinesa Huawei, a terceira maior fabricante de smartphones no Mundo.

O dado foi avançado nesta quarta-feira, em Beijing, pelo seu vice-presidente, Yi Xiang, que renovou o interesse desta empresa do ramo tecnológico em reforçar o investimento neste país africano.

Com mais de 172 escritórios espalhados pelo Mundo, a Huawei Technologies Co., Ltd. só perde na concorrência de vendas mundiais para as “gigantes” Samsung Electronics e Apple Inc.

A mesma registou, em 2017, um aumento de 28 por cento no seu lucro, com suporte de cortes de custos.

A empresa baseada em Shenzhen, teve no mesmo ano uma performance sólida no mercado de origem, e viu o seu lucro subir para 47,5 mil milhões de yuans, uma elevação ante o aumento de 0,4 por cento em 2016.

Fundada em 1987, tem mais de 200 mil trabalhadores e já trabalha para instalação de um escritório em Angola.

De acordo com o seu vice-presidente, Angola é um dos países onde a Huawei começou a expandir o seu negócio no exterior, daí o interesse de ver reforçada a sua implantação em solo angolano.

Explicou que nesse país a empresa desenvolve a tecnologia 2 G, 3 G e 4 G, estando a participar, activamente, no processo de desenvolvimento da tecnologia, principalmente para a melhoria da infra-estrutura de comunicação.

Sendo Angola um mercado estratégico para China, o responsável disse pretenderem levar para Angola “o mundo digital” e fazer chegar a todos os cidadãos angolanos.

“Nós gostaríamos de contribuir com o nosso esforço de tecnologia, para trazer o mundo digital e interconectado para cada pessoa, família e organização em Angola”, disse à imprensa, à margem de uma visita do Presidente angolano, João Lourenço, ao Centro de Pesquisa Tecnológica da Huawei, no quadro da sua visita de Estado.

Além de providenciar a sua tecnologia para Angola, a empresa pretende liderar um projecto que passa por juntar todas as empresas do ramo de telecomunicações, tendo em vista a realização de um desenvolvimento conjunto.

No quadro dessa estratégia, ofereceu ao Presidente angolano, nesta quarta-feira, um sistema de comunicação de emergência, que pretende ver instalado na Presidência da República, para auxiliar em casos de emergência.

“No passado, o sistema de comunicação de emergência era baseado em som e sinais analógicos. Agora, com este novo sistema, podemos comunicar através de vídeo, que facilita, ainda mais, em casos de emergência”, concluiu.

No final da visita ao Centro de Pesquisa Tecnológíca da Huawei, o Presidente angolano, que se fez acompanhar da primeira-dama Ana Dias Lourenço e da sua delegação governamental, seguiu para a cidade de Tianjin, onde desenvolveu a última actividade do seu programa de visita, iniciada terça-feira (09).

Trata-se de uma das mais importantes cidades da China e uma das quatro cidades-municípios deste país asiático, sendo, actualmente, a quinta cidade mais rica.

O seu Produto Interno Bruto só é superado por Shanghai, Beijing, Guangzhou, Shenzhen e pela cidade administrativa de Hong Kong.

A cidade de Tianjin, que acolhe alguns estudantes angolanos, tem na indústria manufactureira o seu sector mais importante (responsável por 54,8 por cento do PIB).

As suas principais indústrias são relacionadas com produtos petroquímicos, têxteis, automobilísticos, metalúrgicos e farmacêuticos, que lhe permitiram atrair, só em 2010, um total de USD 13,2 mil milhões em investimentos.

Desde 2008, a cidade acumula investimentos estrangeiros superiores a USD 48 mil milhões.

João Lourenço termina hoje a sua visita de Estado, que teve como ponto alto a assinatura de vários instrumentos jurídicos de cooperação bilateral, com destaque para um acordo de financiamento de USD 2 mil milhões para Angola.

No âmbito do seu programa, o Chefe de Estado foi recebido pelo primeiro-ministro da China, Li Keqiang, pelo presidente do Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional da República da China, Li Zhanshu.

Participou das conversações oficiais, juntamente com o seu homólogo, Xi Jinping, além de ter recebido, terça-feira, algumas entidades empresariais chinesas.

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