Trocas comerciais entre Angola e China ultrapassam USD 26 biliões
08 Fevereiro de 2019 | 13h55 – Actualizado em 08 Fevereiro de 2019 | 18h36
O volume de negócios entre Angola e China ultrapassou os 26 biliões de dólares americanos o ano transacto, mas o gigante asiático antevê que esse valor deverá crescer nos próximos tempos, dada a intensidade das relações bilaterais.
A informação foi avançada esta sexta-feira, em Luanda, pelo embaixador da República Popular da China em Angola, Cui Aimim, no final de um encontro com o presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade Dias dos Santos.
De acordo com diplomata chinês, a cooperação bilateral eleva os seus níveis a cada dia, com realce também para o sector parlamentar, onde os dois Estados mantêm contactos frequentes.
Angola é o principal parceiro económico da China em África e, nos últimos anos, as trocas comerciais entre os dois países têm acelerado bastante, mas o comércio ainda está muito concentrado no petróleo.
Segundo o diplomata chinês, em fim de missão em Angola, a tendência, nos próximos tempos, será diversificar a pauta das trocas comerciais, com principal incidência nos produtos agrícolas.
“Vamos expandir o comércio para outras mercadorias, como por exemplo farinha da mandioca, sumos tropicais (ponto forte de Angola) e outros produtos minerais, além do petróleo”, disse.
Cui Aimim chefiou a representação diplomática chinesa em Angola durante três anos e cinco meses.
Instado a comentar sobre a perspectiva de a China introduzir a sua moeda para transacção em África, o diplomata referiu que em relação a Angola as autoridades competentes dos dois países têm mantido contactos frequentes sobre o assunto.
“Ainda precisamos de algum tempo para chegar a um acordo operacional do género”, referiu.