PR aponta desenvolvimento como desafio comum de Angola e Cuba
O Presidente da República, João Lourenço, reafirmou na terça-feira, em Havana, apontou como principais desafios de Angola e Cuba a luta pelo desenvolvimento económico e social, depois do esforço comum para libertar os dois povos de ameaças externas.
O estadista angolano falava num encontro de confraternização com dirigentes e militares cubanos, a maioria generais reformados, que ajudaram Angola no combate às forças invasoras entre 1975 a 1988.
Enalteceu a solidariedade cubana na luta pela Independência Nacional, na defesa da integridade territorial e em vários domínios da vida política, económica e social de Angola.
Adiantou que enquanto os colonialistas se apropriam das terras e riquezas dos povos, os internacionalistas cubanos idos de uma nação de poucos recursos, com o sacrifício do sangue dos seus filhos, sem cobrar nada, ajudaram Angola a crescer e se desenvolver como país independente.
O Presidente João Lourenço, que em Cuba cumpre uma visita de dois dias, disse que continua a precisar a solidariedade cubana na formação de quadros, no desenvolvimento dos sectores da saúde, educação, construção e noutros indispensáveis ao desenvolvimento de Angola.
No encontro com militares cubanos, o Chefe de Estado angolano exortou para o fim do bloqueio económico imposto pelos Estados Unidos da América à Cuba, referindo que o reatamento das relações entre os dois países traria ganhos para a humanidade.
Para a situação de tensão na Venezuela, João Lourenço entende que deve ser o povo daquele país a encontrar a solução para a crise interna, que poderá ser facilitado pelo diálogo interno.
Manifestou-se pela paz e segurança no mundo, com destaque para o Médio Oriente, pela resolução do conflito israelo-palestino à luz das resoluções do Conselho de Segurança da ONU, assim como pela pacificação na Síria e no Iemen, bem como pela desnuclearização da península coreana.
No encontro, o Presidente João Lourenço e os generais cubanos, alguns que estiveram em Angola, lembraram pormenores de várias batalhas em várias regiões do país, algumas das quais apontadas como importantes na derrota das forças invasores.
Sobre o assunto, falaram do papel dos destacamentos coligados das antigas Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA) e das Forças Armadas Revolucionárias de Cuba (FARC) em frentes como as de Cabinda, Mavinga, Cangamba, Cuito Cuanavale, Kifangondo, Ebo, e tantas outras.
Informou que actualmente o 23 de Março, o dia da vitória do Cuito Cuanavale, passou a ser comemorado como o dia da libertação da África Austral, pela influência para o fim da invasão sul-africana a Angola, para a independência da Namíbia e para a abolição do Apartheid na África do Sul.
Na conversa descontraída, João Lourenço convidou os internacionalistas a participarem em Angola no próximo ano nas comemorações alusivas ao dia da libertação da África Austral.
Participaram, entre outros, na confraternização com o Presidente João Lourenço os generais Leopordo Cintra Frias e Rafael Moracen Limonta, que também é general pelas Forças Armadas Angolanas (FAA).
Rogelio Gonzáles, Rubem Martinez, Hernandez Rodriguez, Samuel Plana e Enrique Gonalez foram outros generais que animaram o encontro.
Despontava também na sala o coronel Venancio Agila Guerrero, que foi comandante do 71º grupo táctico, que depois e juntou a 36ª brigada das FAPLA.
A acção internacionalista cubana em Angola foi decidida no quadro da operação baptizada por “Carlota”, que determinou a ida de milhares de militares da ilha do Caribe para contrapor os interesses contrários aos do povo angolano.