Executivo adopta medidas para remoção de barreiras ao investimento

PRESIDENTE DA REPÚBLICA, JOÃO LOURENÇO, DISCURSA NO ENCONTRO COM ASSOCIAÇÕES EMPRESARIAIS FOTO: PEDRO PARENTE

PRESIDENTE DA REPÚBLICA, JOÃO LOURENÇO, DISCURSA NO ENCONTRO COM ASSOCIAÇÕES EMPRESARIAIS
FOTO: PEDRO PARENTE

PRESIDENTE DA REPÚBLICA, JOÃO LOURENÇO, DISCURSA NO ENCONTRO COM ASSOCIAÇÕES EMPRESARIAIS FOTO: PEDRO PARENTE

PRESIDENTE DA REPÚBLICA, JOÃO LOURENÇO, NO ENCONTRO COM ASSOCIAÇÕES EMPRESARIAIS
FOTO: PEDRO PARENTE

30 Julho de 2019 | 12h29 – Actualizado em 30 Julho de 2019 | 15h27

O Presidente da República, João Lourenço, declarou hoje, em Luanda, que o Executivo tem adoptado medidas para a remoção das barreiras ao investimento, com vista a melhorar o ambiente de negócios no país.

Ao falar num fórum com empresários nacionais, João Lourenço mencionou uma série de medidas, como a mobilização de recursos financeiros internos e externos, para financiar o sector privado angolano.

O Presidente da República falou das linhas de crédito que estão a ser negociadas com um banco alemão, para financiar o sector produtivo, e lembrou, igualmente, que o Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA) foi orientado a utilizar os recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento, a fim de bonificar as taxas de juros que ainda são muito altas no mercado financeiro.

Apesar das dificuldades por que passam os empresários, decorrentes da crise, exortou os empresários a investirem na agro-indústria, sobretudo agora que há aumento da oferta de energia e água, com a interligação dos sistemas.

João Lourenço saudou, na ocasião, os empresários resilientes que ainda continuam a desenvolver a actividade económica, apesar da crise.

A nível externo, o Presidente referiu que instituições financeiras internacionais, como o Banco Mundial, o Banco Africano de Desenvolvimento, a Agência Francesa de Desenvolvimento e outras estabeleceram programas com o Executivo angolano, para mobilizar recursos, visando financiar projectos do sector privado em Angola.

Aos empresários, João Lourenço pediu que os recursos financeiros disponibilizados fossem utilizados de modo criativo, com vista a tornar a economia angolana sustentada e menos dependente do petróleo.

“Vamos trabalhar para estabelecermos uma relação mais positiva entre o volume de crédito concedido e os resultados que almejamos alcançar em termos de produção”, sublinhou o Presidente.

Para o alcance das metas traçadas, avisou que vai exigir seriedade e rigor na qualidade dos projectos, na análise das propostas, e haverá todo o cuidado nos desembolsos e na fiscalização da implementação.

O Presidente entende ser essa a melhor forma que encontrou para ajudar o empresariado privado nacional, um actor fundamental no processo de diversificação da economia, para o aumento da oferta de bens e serviços, assim como a oferta de emprego.

Com a disponibilização destes recursos financeiros, queremos, também, relançar o sector produtivo do país, garantindo o emprego para a nossa juventude.

Com as políticas traçadas, sobretudo o programa de privatização, referiu que o Executivo dá um sinal muito claro da intenção de o Estado reduzir, consideravelmente, a forte presença na economia.

Segundo João Lourenço, a pretensão é devolver esse papel ao actor principal da economia, que é o sector privado. “Aceitem, portanto, receber esse testemunho. Com certeza, poderão fazê-lo melhor que o Estado, com a responsabilidade de produzir bens e serviços e na criação de empregos”, sublinhou.

O Presidente acredita que, se os empresários ocuparem convenientemente o espaço que sempre foi deles, mas que, por razões de conjuntura política, lhes foi usurpado durante muitos anos, vão proliferar pelo país as pequenas e médias empresas e, assim, tornar realidade o sonho da diversificação da economia.

Daí o Presidente pedir um trabalho de mãos dadas com a classe empresarial privada, para tirar a economia angolana da crise que ainda se encontra, a fim de retomar o ciclo de crescimento económico para fazer de Angola um país próspero e desenvolvido, capaz de proporcionar padrões de vida e de bem-estar.

Sublinhou que o motor do crescimento económico reside no sector privado, razão pela qual apelou aos empresários para apostarem na inovação, no estabelecimento de parcerias com empresas tecnologicamente mais avançadas, portadora de “know how” e que facilitem o acesso ao mercado internacional.

PR quer empresários na execução do PIIM

Noutra vertente da sua intervenção, João Lourenço disse esperar contar com a participação dos empresários na implementação de projectos ligados ao Plano de Intervenção Integrado dos Municípios (PIIM), lançado recentemente.

Disse tratar-se de um plano que não vai fazer recurso ao endividamento público, pois vai utilizar recursos financeiros do país, já disponíveis, medida que terá impacto significativo na vida do cidadão, com o aumento da oferta de bens e serviços essenciais, como energia, água, saúde e mobilidade.

Sublinhou a aposta da construção de infra-estruturas físicas, formação de quadros, de modo a garantir o futuro das gerações vindouras.

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