Banco Mundial elogia Governo do Presidente João Lourenço
19 Agosto de 2019 | 17h36 – Actualizado em 19 Agosto de 2019 | 17h35
CORPORAÇÃO FINANCEIRA INTERNACIONAL ELOGIA GOVERNO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA, JOÃO LOURENÇO
FOTO: SACII
Whashington – A International Finance Corporation (IFC) ou Corporação Financeira Internacional (CFI), na sua tradução para o português, elogiou as reformas em curso em Angola, desde a entrada em funções do Governo liderado pelo Presidente João Lourenço, em Setembro de 2017.
O reconhecimento vem expresso num estudo denominado “Diagnóstico do Sector Privado do País. Criação de Mercados em Angola”, documento elaborado pelo IFC, filial e membro do Banco Mundial.
O Diagnóstico do Sector Privado do País (CPSD) identifica oportunidades para estimular o crescimento económico e o desenvolvimento sustentável, aproveitando o poder do sector privado em Angola.
No dignóstico, de mais de 90 páginas, a Corporação Financeira Internacional classifica o anterior Governo do então Presidente José Eduardo dos Santos como “nepotista” e gerador de “políticas deficientes”.
A IFC destaca que o Programa de Estabilização Macroeconómica do actual Governo introduziu medidas para fortalecer a estabilidade fiscal, reduzir a inflação, aumentar a flexibilidade de taxas de câmbio e baixar gradualmente os níveis da dívida.
“O sector privado está a começar de uma base baixa. Sofreu com décadas de intervenção do Estado, nepotismo e políticas deficientes. O crescimento de Angola nos últimos 50 anos foi impulsionado pela despesa pública”, sublinha a publicação.
O texto acrescenta que a contribuição do capital privado para o crescimento tem sido “muito baixa”, historicamente, em contraste com o resto da África Subsaariana, onde os investimentos privados desempenharam um papel mais importante na economia.
“A contribuição do capital privado para o crescimento (em Angola) caiu ao longo do tempo e era negativa entre 1996-2014”, escreve a IFC.
A publicação afirma que a presença de Empresas Públicas (EPs) com baixo desempenho em sectores produtivos e, de um modo mais geral, o domínio de interesses ligados à política não levaram à esperada diversificação da economia.
O documento destaca ainda que a crise do preço de petróleo também deu origem a défices duplos nas contas fiscais e correntes de 2014 em diante.
“A dívida pública duplicou ao longo dos últimos quatro anos, enquanto que a inflação disparou para mais de 40 porcento em Dezembro de 2016, expondo riscos macrofinanceiros significativos”, escreve.
Quanto ao emprego, o IFC indica que as alterações na economia durante os anos de crescimento não foram muito favoráveis para o surgimento de postos de trabalho, que foram criados maioritariamente em sectores de consumo e no Governo.
Filial e membro do Grupo Banco Mundial, a IFC é a maior instituição de desenvolvimento global virada para o sector privado em mercados emergentes.
Trabalha com mais de duas mil empresas em todo o mundo, usando o seu capital, experiência e influência para criar mercados e oportunidades nas áreas mais difíceis do mundo.
No ano fiscal de 2018, a instituição aplicou mais de 23 biliões de dólares em financiamento de longo prazo em países em desenvolvimento, alavancando o poder do sector privado para acabar com a pobreza extrema e impulsionar a prosperidade partilhada.