Angola encontra parceiro para acelerar desenvolvimento

MINISTRO DAS RELAÇÕES EXTERIORES, MANUEL AUGUSTO FOTO: FOTO CEDIDA

MINISTRO DAS RELAÇÕES EXTERIORES, MANUEL AUGUSTO
FOTO: FOTO CEDIDA

09 Setembro de 2019 | 02h13 – Actualizado em 09 Setembro de 2019 | 10h07

A experiência do Qatar no aproveitamento de recursos para a sua economia pode acelerar o desenvolvimento de Angola, defendeu domingo, em Doha, o ministro das Relações Exteriores, Manuel Augusto.

No balanço da visita oficial do Presidente da República, João Lourenço, ao Qatar, o chefe da diplomacia angolana afirmou que é o início de um novo ciclo das relações bilaterais entre os dois estados.

Manuel Augusto lembrou que Angola e Qatar têm relações diplomáticas já há alguns anos, mas nunca foram traduzidas em termos de cooperação económica em acções concretas.

Para o governante, há similaridades entre as duas nações, sendo que a mais visível é o facto de ambos os países serem produtores e exportadores de petróleo e gás, mas “há também diferenças muito grandes”.

Justificou que isso se reflecte no resultado da utilização das receitas do petróleo, que são diferentes, e reconheceu que o Qatar soube e continua a saber usá-las, para gerar desenvolvimento, prosperidade, coisa de que Angola precisa.

Manuel Augusto sublinhou a necessidade de o país alinhar com as “boas práticas” para poder, também, usar os recursos petrolíferos, como fonte de desenvolvimento e motor para a diversificação ecnómica.

Destacou que a visita de dois dias (sábado e domingo) foi “muito intensa”, pelo nível de contactos estabelecidos, o que permitiu confirmar a seriedade da parceria com este país do Médio Oriente, para acelerar o desenvolvimento de Angola.

Segundo o ministro, tudo será feito para que os operadores económicos dos dois países, suportados pelos respectivos governos, possam realizar projectos com vantagens mútuas.

Angola e Qatar assinaram domingo, no Palácio Real do Emir, em Doha, seis acordos de interesse comum que marcam nova etapa de cooperação económica em diversos sectores.

Este “pequeno gigante” de dois milhões e 710 habitantes, líder mundial no PIB per capita (129.112 dólares por pessoa), tem, no petróleo, gás natural e investimentos no mercado financeiro, as suas principais fontes de riqueza, pelo que Angola pretende tirar o máximo proveito da experiência.

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