Presidente da República já no país
O Presidente da República, João Lourenço, regressou na manhã desta sexta-feira (27) ao país, proveniente de Nova Iorque (EUA), onde participou na 74ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas.
27 Setembro de 2019 | 09h04 – Actualizado em 27 Setembro de 2019 | 11h24
Chegada do Presidente João Lourenço a Luanda vindo dos EUA
À sua chegada a Luanda, João Lourenço, acompanhado da primeira-dama da República, Ana Dias Lourenço, recebeu, no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, cumprimentos de boas-vindas do vice-presidente da República, Bornito de Sousa, do governador de Luanda, Luther Rescova, de membros do Executivo e de altos funcionários do seu gabinete.
Ao intervir terça-feira (24) no debate geral da 74ª sessão da Assembleia Geral da ONU, o estadista angolano destacou as profundas reformas em curso no país, que têm como objectivo construir um Estado democrático de direito, assim como combater a corrupção e a impunidade.
Apontou a promoção da cultura da responsabilização e prestação de contas pelos servidores públicos, a criação de um ambiente de negócios mais atractivo ao investimento privado nacional e estrangeiro e, deste modo, aumentar a produção interna de bens e de serviços, como sendo outros resultados esperados com a aplicação destas medidas.
Na ocasião, o Presidente da República, que foi o 17º estadista a discursar na maior tribuna política mundial, apelou ao fim da guerra comercial entre os EUA e a China, pelas consequências nefastas na economia mundial.
O estadista angolano solicitou, também, o fim do embargo económico e financeiro imposto há décadas a Cuba pelos EUA, por ser injusto à luz do Direito Internacional e pelo facto de se ter aberto uma janela de oportunidades, aproximação e regularização das relações entre os dois Estados.
Em plena sede da ONU, o Presidente João Lourenço reiterou a necessidade de se alargar o número de membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas, contemplando, igualmente, África e a América do Sul.
Justificou tal desiderato, em virtude de a actual composição que contemplou, na altura, as potências vencedoras da Segunda Guerra Mundial já não reflectir sobre a necessidade de um mais justo equilíbrio geoestratégico mundial.
Durante a sua permanência em Nova Iorque, para além do debate geral, o Chefe de Estado também participou na Cimeira da Acção Climática, na qual líderes do mundo inteiro apelaram à corrida contra o tempo para travar a subida da temperatura global.
À margem da Cúpula sobre o Clima, o Presidente angolano e nove homólogos africanos avaliaram, com a Chanceler alemã, Angela Merkel, a situação da paz, segurança e desenvolvimento da região dos Grandes Lagos.
Discursou, também, no Conselho de Relações Exteriores dos Estados Unidos da América, onde apelou ao investimento norte-americano em Angola.
No dia seguinte ao discurso na Assembleia Geral da ONU, reuniu-se com o responsável máximo do Banco Mundial, David Malpass, e com representantes de instituições bancárias e financeiras de primeira linha dos Estados Unidos, encontros que serviram para mobilizar recursos e falar do novo ambiente de negócios em Angola.
Reuniu-se igualmente com um representante da Fundação Bill e Melinda Gates, que garantiu reforçar os apoios desta instituição filantrópica em Angola nos sectores da Educação e da Saúde.
Ainda em Nova Iorque, o Chefe de Estado concedeu entrevistas à Rádio das Nações Unidas, ao Wall Street Journal, este último com mais de 600 milhões de leitores em todo o mundo, e à Agência de notícias Angola Press (Angop), Televisão Pública de Angola (TPA), Rádio Nacional de Angola (RNA) e Jornal de Angola (JA).
Angola foi admitida como membro da ONU a 1 Dezembro de 1976, durante a 31ª sessão da Assembleia Geral, presidida por Hamilton Amerasinghe, do Sri Lanka, na qual participou com uma delegação chefiada pelo então ministro das Relações Exteriores, José Eduardo dos Santos, ex-Chefe de Estado.
Desde a sua admissão na ONU, Angola tem sido um membro activo e interventivo, tendo integrado vários órgãos, com realce para o Conselho de Segurança (2003-2004 e 2015-2016), na qualidade de membro não-permanente, Conselho de Direitos Humanos e Conselho Económico e Social.