Angola apela para a paz Sudão do Sul

EDIFÍCIO SEDE DA UNIÃO AFRICANA, ETIÓPIA

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Angola exortou a União Africana (UA) a prosseguir os esforços para a concretização do Processo de Paz no Sudão do Sul e à formação do Governo Transitório Revitalizado de Unidade Nacional, previsto para 12 de Novembro do ano em curso.

16 Outubro de 2019 | 10h59 – Actualizado em 16 Outubro de 2019 | 10h57

O apelo foi expresso terça-feira, em Addis-Abeba (Etiópia), durante a 886ª Sessão do Conselho de Paz (CPS) da UA, que analisou um relatório do Presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat, focado no estado de implementação do Acordo de Revitalização para Resolução do Conflito no Sudão do Sul.

A delegação angolana exprimiu o seu reconhecimento relativamente a melhorias substanciais no panorama político e de segurança, no Sudão do Sul, não obstante alguns desafios, bem como avanços na situação humanitária, que carece de atenção especial, refere em nota o Serviço de Imprensa da Embaixada de Angola na Etiópia.

Entre os diferentes desafios sublinhou a necessidade de definição da Constituição da Assembleia Nacional, da unanimidade quanto à nomenclatura dos ministérios do futuro governo, formação de um exército único republicano, libertação de presos políticos, entre outros.

Referiu que a assinatura, a 12 de Setembro de 2018, em Cartum (Sudão), do Acordo de Revitalização para a Resolução do Conflito no Sudão do Sul, renovou as expectativas para a paz e estabilidade, entendimento este precedido por outro, de cessação das hostilidades, rubricado a 21 de Dezembro de 2017.

Um primeiro acordo foi rubricado em Addis-Abeba, a 17 de Agosto de 2015, “cuja implementação ficou comprometida com o eclodir do conflito, em Julho de 2016, que alastrou e intensificou o sofrimento da população, desde o início da crise, em Dezembro de 2013”.

O relatório apresentado na sessão do CPS refere que desde a assinatura do acordo (Setembro de 2018) o cessar-fogo tem sido largamente cumprido, a violência política diminuiu significativamente, e o país tem experimentado uma relativa paz e estabilidade.

No entanto, segundo o documento, nos últimos meses, as tensões inter-comunitárias continuaram, resultando num número alarmante de civis mortos, assassinatos por vingança e disputas de terras. Existem alegações de que alguns desses incidentes têm motivação política, lê-se no relatório.

Angola faz parte do CPS com a Argélia, Burundi, Djibouti, Guiné Equatorial, Gabão, Quénia, Lesotho, Libéria, Marrocos, Nigéria, Rwanda, Serra Leoa, Togo e Zimbabwe.

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