Angola advoga maior cooperação para segurança no Golfe da Guiné

DIRECTOR DOS ASSUNTOS MULTILATERAIS DO MIREX, MÁRIO CONSTANTINO. FOTO: NELSON MALAMBA

DIRECTOR DOS ASSUNTOS MULTILATERAIS DO MIREX, MÁRIO CONSTANTINO.
FOTO: NELSON MALAMBA

27 Novembro de 2019 | 17h03 – Actualizado em 27 Novembro de 2019 | 17h02

Angola defende uma actuação coordenada entre os Estados do Golfo da Guiné para o reforço da segurança marítima na região, afirmou hoje (quarta-feira), o director dos Assuntos Multilaterais do MIREX, Mário Constantino.

O responsável expressou o facto em declarações à imprensa, no segundo dia da sessão de peritos, preparatória da 49ª reunião do Comité Consultivo Permanente das Nações Unidas encarregue das Questões de Segurança na África Central (UNSAC).

Informou que a região do Golfe da Guiné possui oito por cento dos recursos de petróleo do mundo, segundo dados oficiais, bem como actividades pesqueiras e tráfego marítimo significativos.

Este quadro, de acordo com Mário Constantino, torna a zona numa das áreas mais perigosas para os marinheiros.

Mário Constantino, também Ponto Focal de Angola na UNSAC, entende que apesar dos países possuírem estratégias nacionais para combater a pirataria no Golfo da Guiné, só uma cooperação internacional pode tornar a região mais segura, eficaz e voltada à paz.

Deu a conhecer que durante a sessão de hoje, dominada pela segurança marítima, os participantes aconselharam os países a procurar financiamento para a melhoria das condições de segurança.

“Angola dá uma importância à segurança no Golfo da Guiné, por causa da importância que o mar tem para a nossa economia”, disse.

Relativamente ao desarmamento, outro tema do dia, explicou que avaliou-se o grau de implementação das convenções relativas à adesão dos países ao tratado de comércio de armas que, por enquanto, grande parte dos países da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC) ainda não aderiu.

Esclareceu que a adesão a este instrumento é fundamental para a manutenção da  segurança na região, por proibir a circulação ilegal de armas de pequeno porte.

Angola está a orientar os trabalhos da 49ª reunião da UNSAC, depois de assumir, na terça-feira, a presidência rotativa do comité, criado em 1991.

Fazem parte da região do Golfo da Guiné, Angola, Costa do Marfim, Gana, Togo, Benin, Nigéria, Camarões, Guiné Equatorial, Gabão, São Tomé e Príncipe, República Democrática do Congo e República do Congo.

Os trabalhos prosseguem nesta quinta-feira a nível dos peritos.

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