Angola vai criar agência de comunicação digital

MINISTRO DA COMUNICAÇÃO SOCIAL, NUNO CALDAS ALBINO, DIRIGIU OS TRABALHOS DO CONSELHO CONSULTIVO FOTO: GASPAR DOS SANTOS

MINISTRO DA COMUNICAÇÃO SOCIAL, NUNO CALDAS ALBINO, DIRIGIU OS TRABALHOS DO CONSELHO CONSULTIVO
FOTO: GASPAR DOS SANTOS

16 Fevereiro de 2020 | 20h09 – Actualizado em 17 Fevereiro de 2020 | 12h16

A criação de uma Agência Nacional de Comunicação Digital (ANCD) é uma das principais decisões saídas do 14.º Conselho Consultivo do Ministério da Comunicação Social, realizado na última semana, em Catete, província de Luanda.

De acordo com o coordenador do projecto, Domingos Simão, a agência terá como missão regular e desenvolver as entidades padrão e visual de comunicação digital.

Ao mesmo tempo, a instituição traçará as políticas e as estratégias (Plano de Comunicação Digital), no âmbito da informação e gestão de conteúdos do Governo sobre a Internet, a partir da adopção, pelos órgãos do Poder Executivo, das premissas na identidade digital.

Ao apresentar a ANCD, no 14.º Conselho Consultivo da Comunicação Social, encerrado quinta-feira, o coordenador da comissão instaladora disse que se pretende melhorar e desenvolver um modelo de comunicação digital baseado na gestão de políticas públicas e integração de conteúdos da governação electrónica.

O novo organismo do Ministério da Comunicação Social terá ainda a missão de tutelar e coordenar a actividade da área da comunicação digital e qualificá-la, para permitir que o cidadão encontre, com maior e mais facilidade, as informações sobre as políticas e serviços oferecidos pelo Governo.

Domingos Simão realçou que, com o surgimento da agência, fica mais valorizado o papel do Governo nas estratégias de criação de inovação digital, enquadrando-se na tendência da nova forma de governação da economia digital.

Neste sentido, a ANCD vai normalizar, orientar e coordenar a actividade de gestão da estratégia do marketing digital e a uniformização dos conteúdos na comunicação do Governo, assim como deve levar a cabo acções de formação dos auxiliares do Titular do Poder Executivo, directores de comunicação nstitucional, adidos de imprensa nas missões diplomáticas e consulares.

Com isso, salientou Domingos Simão, a formação, que juntará igualmente outros departamentos ministeriais do Governo, vai padronizar, criar, melhorar e manter as políticas e campanhas da comunicação e media digital com uma única linha de orientação.

No fundo, realçou o coordenador da comissão instaladora da ANCD, a ideia é dar valor à comunicação digital, de modo que esta seja uma ferramenta de real utilidade, com informações e serviços orientados para melhor interacção dos cidadãos com o Poder Executivo.

Para o Governo, o acesso dos cidadãos a uma informação mais plural, rigorosa, isenta e credível, no sentido de melhorar e diversificar os conteúdos de informação noticiosa, é uma das principais apostas para o sector, até 2022.

Com a criação da ANCD e de outros programas, na visão do Ministério da Comunicação Social, aumenta-se a qualidade dos programas e dos seus conteúdos e a promoção da diversificação das fontes, de forma a contribuir para o desenvolvimento educacional, cívico e cultural da população.

Por isso, o Ministério pretende que, até 2022, o índice de pluralidade nos media alcance os 75 por cento e a isenção nesses órgãos atinja os 70 por cento.

Espera-se por uma subida de, pelo menos, 40 por cento do número de comunicações institucionais na televisão, na rádio e nos jornais, em matéria de saúde pública, deveres cívicos, campanhas rodoviárias, eventos culturais e outros de assuntos de interesse público.

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