África demonstra capacidade de resiliência

MINISTRO DAS RELAÇÕES EXTERIORES, TÊTE ANTÓNIO (ARQUIVO) FOTO: PEDRO PARENTE

MINISTRO DAS RELAÇÕES EXTERIORES, TÊTE ANTÓNIO (ARQUIVO)
FOTO: PEDRO PARENTE

O ministro angolano das Relações Exteriores, Tête António, considerou hoje (segunda-feira) que o combate à pandemia da covid-19 tem demonstrado a capacidade de resiliência do continente africano.

O governante fez este pronunciamento numa palestra subordinada ao tema “covid-19, impacto e resposta do continente africano”, no quadro da celebração do 57º aniversário da fundação da Organização de União Africana (OUA), actual União Africana, que se assinala hoje (25 de Maio).

Referiu que a pandemia está a travar o crescimento económico do continente, obrigando-o a corrigir algumas deficiências, com destaque para os débeis sistemas de saúde e a dependência da venda de matérias de primas.

Disse que África está a demonstrar o espírito de unidade, solidariedade e capacidade de resposta colectiva que fez com que a União Africana criasse o fundo de resposta a pandemia com a criação do Centro de Diagnóstico.

A palestra, por vídeo conferência, abordou os temas “o contributo da União Africana no combate à covid-19”, “perspectivas da OMS na resposta dos países africanos a pandemia” e “o  impacto desta doença nas economias africanas” e contou igualmente com a intervenção da secretária de Estado do sector, Esmeralda Mendonça.

A dirigente lembrou que a humanidade enfrenta um inimigo comum, invisível, altamente letal, que já  dizimou mais de 340 mil vidas a nível do mundo.

Para a responsável, África precisa de encontrar uma solução própria para combater a pandemia da covi-19 e relançar a sua dinâmica de desenvolvimento económico e social, sob pena de mergulhar numa crise humanitária sem precedentes e agravar mais problemas como conflitos regionais, pobreza, miséria e êxodo populacional.

Salientou que os países foram forçados a adoptar medidas económicas e financeiras adicionais e de isolamento fora de comum, afectando negativamente as sociedades, cujas economias  vivem em situação de crise a anos.

Os oradores defenderam a necessidade de os países africanos continuarem a criar mecanismos que contribuam para a resolução dos problemas que o continente enfrenta, com destaque para a implementação da zona de comércio livre, diversificação da economia e a potencialização dos sistemas de saúde.

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