PR PEDE REFORÇO DA CAPACIDADE DE RESPOSTA DOS ÓRGÃOS CASTRENSES

Presidente da República, João Lourenço ( ao centro), com os responsáveis dos Órgãos de Defesa e Segurança do país Foto: Pedro Parente

Presidente da República, João Lourenço ( ao centro), com os responsáveis dos Órgãos de Defesa e Segurança do país
Foto: Pedro Parente

O Presidente da República, João Lourenço, orientou, esta quinta-feira, o reforço da capacidade de resposta das Forças de Defesa e Segurança, para contrapor eventuais ameaças internas e externas que ponham em perigo o país.

O Presidente João Lourenço discursava num encontro com as chefias das forças de defesa e segurança do país, na qualidade de Comandante-em-Chefe das Forças Armadas Angolanas (FAA).

Disse que, embora na agenda das responsabilidades do Estado a economia seja a primeira prioridade, é imperioso prestar a devida atenção à necessidade de manter as forças de defesa e segurança com a elevada capacidade de resposta a todas eventuais ameaças internas e externas.

No encontro, o Presidente João Lourenço reconheceu que sem defesa e segurança “não há economia, não há segurança para o investimento privado”.

“Aliás, o facto de as melhores potências económicas do mundo serem também as maiores potências militantes justifica a afirmação e se aplica ao universo de todos os outros países”, vincou.

Indicou que as força de defesa e segurança são imprescindíveis à sobrevivência de qualquer Estado, mas representam sempre uma despesa considerável ao orçamento de qualquer país.

Por esta razão, adiantou, embora sejam importantes em todas as circunstâncias, incluindo situações de paz e estabilidade, os seus efectivos devem ser ajustados permanentemente em função de maior ou menor iminência de conflito.

Segundo o Chefe de Estado, 18 anos depois de terminado o conflito armado e do alcance definitivo da paz, o grande desafio hoje é, sem sombra de dúvidas, a criação das premissas para organização da economia nacional.

Entende que essa é a condição fundamentalmente para o desenvolvimento económico e sicial do país e o consequente alcance do bem-estar da populações.

Reconheceu ser necessário redimencionar as FAA, acautelando a manutenção da sua capacidade operacional, com menos efectivos, melhor prepadados e com armamento e técnica mais moderna e eficiente.

“Somos também chamados a encontrar alguma auto-suficiência na produção de alimentos, fardas e botas, utensílios de casernas e outros bens logísticos de consumo diário”, adiantou.

No aniversário do Exército, que se assinala hoje, o Comandante-em-Chefe das FAA prestou homenagem aos milhares de jovens angolanos que, ao longo de décadas, deram o seu suor e sangue na defesa da defesa da pátria.

“O país perdeu alguns dos seus melhores filhos, o sacrifício foi enorme, mas valeu apena e talvez tenham sido os militares que melhor compreenderam o alcance da paz e da reconciliação nacional entre os angolanos”, salientou o Presidente da República.

Sobre a liberdade de expressão, João Lourenço defendeu um exercício da autoridade sem excessos.

Apelou à manifestações ordeiras e alertou as chefias militares a estarem atentas aos fenómenos internacionais no domínio da defesa e segurança.

O Chefe de Estado condenou a profanação da estátua do primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto, no Largo da Independência, em Luanda, durante uma recente manifestação.

No final do encontro, que decorre à porta fechada, será produzido um comunicado.

 

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