A missão, que na altura era composta por 250 militares, desembarcou no país para apoiar os esforços do governo no sentido de pôr fim ao conflito despoletado depois da Independência Nacional, proclamada a 11 de Novembro de 1975.

Em declarações à imprensa, o coronel Zio Gaspard Kolomiri, que passou pelo país aos 23 anos de idade, manifestou a sua satisfação por voltar a Luanda, que na altura era caracterizada por fortes focos de insegurança.

No seu regresso, Zio Kolomiri congratulou-se com o momento actual que se vive, a dinâmica e o crescimento em estruturas da capital angolana que, para si, é uma prova do compromisso com o desenvolvimento do país por parte dos detentores do poder.

Na ocasião, o embaixador da Guiné em Angola, Edouard Théa, disse ser esta uma oportunidade para que estes possam voltar a rever antigos companheiros angolanos, no quadro da solidariedade africana.

Disse tratar-se de militares guineenses que contribuíram para a defesa do solo pátrio angolano, preservação da independência nacional, no quadro da solidariedade africana, lembrando que a história comum deve ser transmitida às gerações mais novas.

Por seu lado, a embaixadora de Angola na Guiné, Cuandina de Carvalho, salientou que na missão de oito meses em Angola os militares guineenses participaram em algumas batalhas, verteram o seu sangue e sepultaram em território angolano alguns dos seus colegas, dai terem voltado ao país para reviver momentos passados.

Informou que estão de visita ao país, por seis dias, 15 antigos militares.

Localizada na África Ocidental, a República da Guiné está independente desde 2 de Outubro de 1958 e apoiou a luta clandestina dos angolanos contra o jugo colonial português, acolhendo e dando formação a dirigentes de movimentos de libertação nacional.