JOÃO LOURENÇO DISCURSA TERÇA-FEIRA NA COP26
O Presidente angolano, João Lourenço, discursa esta terça-feira, na cidade de Glasgow (Escócia), na vigésima-sexta Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26), para apresentar a visão do país e as acções em curso no domínio ambiental.
João Lourenço intervém na sessão da manhã, dia em que estão agendadas outros 57 discursos de chefes de Estado e/ou de governo e seus representantes.
Na COP26 destacam-se as presenças de Joe Biden, presidente dos Estados Unidos da América, Emmanuel Macrón, da França, Angela Merkel, chanceler da Alemanha, Justin Trudeau, primeiro-ministro do Canada, assim como o príncipe de Mónaco, Alberto II.
Participam igualmente o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, o presidente do governo de Espanha Pedro Sanchez, entre outros líderes mundiais.
Na sessão de abertura, que decorreu esta segunda-feira (1), o secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que é hora de dizer chega, pois os últimos seis anos foram os mais quentes já registados e o “vício por combustíveis fósseis” está a empurrar a humanidade par o abismo.
Lembrou que o aumento do nível do mar duplicou nos últimos 30 anos, os oceanos estão mais quentes do que nunca e áreas da floresta amazônica já emitem mais carbono do que absorvem.
Por sua vez, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse que a humanidade atrasou há muito tempo o relógio, em relação às mudanças climáticas, “e se não tomarmos providências agora, será tarde demais”.
Acrescentou que “o Acordo de Paris representou uma boia de salvação para o futuro climático do mundo”, dai a necessidade de “fazer o que é necessário para salvar o planeta”, uma vez que a humanidade tem tudo que necessita, desde a tecnologia, os investidores e a comunidade internacional, pelo que o encontro em Glasgow precisa ser o momento de começar a luta, de facto, pelas mudanças climáticas.
A conferência, que vai decorrer até ao dia 12 de Novembro, está a abordar questões das finanças, energia, natureza, bem como juventude e empoderamento público, assim como género, transportes, ciência e inovação, adaptação, perdas e ganhos, cidades, regiões e ambiente construído.
A COP26, Conferência das Partes sobre Alterações Climáticas, acontece com um ano de atraso, devido à pandemia da Covid-19 e visa reflectir e alertar as Nações para o impacto do aquecimento global.
Durante a Cimeira vai ser dada atenção especial aos resultados da COP21, que teve lugar em França, em 2015, onde, pela primeira vez, todos os países concordaram em trabalhar juntos para conterem o aquecimento global.
Isso deu lugar ao Acordo de Paris, cujo objectivo é limitar o aumento da temperatura do planeta a 1,5 ºC, até 2050, além de disponibilizar dinheiro para o cumprimento desta meta.
Para que possam ser alcançados tais objectivos, os países comprometeram-se a apresentar planos nacionais, definindo as metas para a redução das emissões de gás com efeito estufa, visando atingir emissões zero em 2050.