“Se eu fosse angolano” – Álbum de estreia de Nástio Mosquito
O artista angolano apresentou o seu álbum de estreia Se Eu Fosse Angolano no passado dia 17 de Abril no Lux, em Lisboa. Nástio Mosquito é o autor de todos os temas do duplo álbum, que pretende ser “um convite à reflexão” sobre uma Angola contemporânea e plural, sobre “as relações entre homem e mulher, a relação das pessoas com o dinheiro, com os mais velhos”, resume a agência que o representa em Portugal, em comunicado.
Mais conhecido pelo trabalho de artes plásticas, tendo já exposto na Tate Modern, em Londres, e no Museu Berardo, em Lisboa, Nástio Mosquito quer agora dedicar-se à música.
Numa entrevista à agência Lusa, o artista descreveu Angola como um “país em movimento”, onde, apesar das “reclamações legítimas”, é “excitante” viver e trabalhar. As pessoas “têm oportunidades que não tinham há algum tempo”, mas existem também “exageros naturais de alturas de grande bonança e de entusiasmo para com o futuro”, reconheceu o angolano, nascido no Huambo, em 1981, e que viveu em Portugal entre os oito e os vinte anos.
“Há muitas coisas boas de Angola que não são vistas aqui [em Portugal], porque não são consideradas úteis, e isso acaba por ter uma consequência na noção que as pessoas têm do que acontece lá [em Angola]”, refletiu, na altura da entrevista.
Em julho, Mosquito subirá ao palco do FMM – Festival Músicas do Mundo, em Sines.