Angola defendeu soberania no processo Manuel Vicente – PR

Presidente da República, João Lourenço

O Chefe de Estado angolano, João Lourenço, declarou, esta quinta-feira, que Angola defendeu a sua soberania, ao negar que Manuel Vicente, antigo vice-Presidente da República, fosse julgado pelas autoridades portuguesas.

Em entrevista colectiva a cinco órgãos de comunicação social nacionais e estrangeiro, o Presidente João Lourenço rebateu o processo da Operação FIZZ, instruído pelas autoridades portuguesas, envolvendo o ex-vice-Presidente angolano, Manuel Vicente.

O referido processo, após intervenção do Estado angolano, foi enviado à PGR de Angola, proveniente da congénere portuguesa, após a decisão de transferência tomada pelo Tribunal de Relação de Lisboa.

“No início do meu mandato, houve uma espécie de braço de ferro entre dois países amigos, Angola e Portugal, pelo facto de a justiça portuguesa pretender julgar o ex-vice-Presidente da República de Angola”, lembrou.

Segundo João Lourenço, os Estados não aceitam que um ex-vice-Presidente ou Presidente, se for julgado, seja condenado fora do seu domínio.

“Se a situação fosse inversa, Portugal agiria da mesma forma. Não vejo Portugal aceitar que uma entidade do Estado português fosse julgada em África”, vincou.

A Operação FIZZ assenta na acusação de que Manuel Vicente corrompeu o ex-procurador português Orlando Figueira, com o pagamento de 760 mil euros, para que este arquivasse dois inquéritos, um dos dos quais envolvendo a empresa Portmill, relacionado com a aquisição de um imóvel de luxo no Estoril, em 2008.

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