Economia angolana tem várias fontes de financiamento

Projectos estruturantes de combate a seca no Cunene

O Presidente da República, João Lourenço, esclareceu, esta quinta-feira, que a economia angolana tem sido financiada por várias fontes, com realce para as Linhas de Crédito entre Estados, recursos ao Fundo Monetário Internacional (FMI) ou Banco Mundial e à emissão de Eurobonds.

Ao responder a jornalistas, durante a entrevista colectiva, João Lourenço referiu-se também a Recursos Ordinários do Tesouro e a empresas que financiam projectos com boas propostas, a exemplo da Gemcorp, Omatapalo e a Mitrelli, que com dinheiros próprios assumem, sem receio, a execução de mega projectos.

Sobre o crédito “Estado e a Estado”, João Lourenço citou alguns já processados entre Angola e o Brasil, por via do banco BBS, com Portugal, Espanha, e o que vigora com a China. Este último país, as suas empresas concentram, nesse momento, grande parte das empreitadas de obras públicas no país.

O Presidente da República explicou que, contrariamente ao que se especula sobre eventual monopólio de contratos por parte de um pequeno grupo económico e empresarial, incluindo a Carrinho, estas não detém todas as obras públicas, apesar de envolvidos em projectos de grande envergadura em várias províncias.

Afirmou que grande parte das empreitadas de obras públicas do Estado não estão nas mãos destas quatro empresas, a exemplo da construção da Barragem de Caculo Cabaça, do Novo Aeroporto de Luanda, do Porto Cairo em Cabinda, das Barragens e Canais na província do Cunene.

“Pelo menos uma, nem sequer tem essa vocação. Dedica-se a outras coisas. As empresas chinesas têm nesse momento a grande concentração de empreitadas de obras públicas no país, pelo número de projectos que executam, sua envergadura e também pelos valores avultadíssimos que representam”, disse.

O Presidente da República informou, entretanto, que o Deutsche Bank AG tem disponível uma Linha de Crédito de 800 milhões de Euros para financiar exclusivamente o sector privado em Angola, resultante da assinatura de um acordo com o Estado Angolano, no valor global de mil milhões de Euros.

João Lourenço informou que do montante geral, “um pouco abaixo dos 200 milhões de Euros” foram cedidos à empresa Leonel Carrinho, a única que mostrou estar habilitada a beneficiar da referida Linha de Crédito, com garantia soberana do estado angolano.

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