Presidente da República quer aumento de produção dos derivados do petróleo

O Chefe de Estado angolano, João Lourenço, destacou este sábado, em Luanda, a estratégia nacional para o aumento da capacidade de produção de derivados do petróleo na refinaria de Luanda, cujos benefícios serão notórios já a partir de Junho próximo.

Ao discursar no jantar oficial, alusivo ao 4 de Abril, Dia da Paz e Reconciliação Nacional, João Lourenço manifestou, também, a esperança de a refinaria de Cabinda arrancar de facto, ainda no decorrer do presente ano.

Relativamente ao consórcio que venceu o concurso público para a construção da refinaria do Soyo (Zaire), o Estadista disse esperar maior celeridade no início efectivo dos trabalhos de construção.

Por este facto apelou ao sector do petróleo e gás para acelerar o trabalho em curso com os investidores privados, a fim de se retomar, tão cedo quanto possível, a construção da refinaria do Lobito, assim como o trabalho com as multinacionais petrolíferas no desenvolvimento de novos campos de produção.

Na sua intervenção, o Presidente João Lourenço reconheceu que o mundo vive, hoje, uma situação de crise de segurança energética e alimentar preocupante, que deve merecer a atenção não só dos governos, mas também do sector empresarial privado.

Em face disso, salientou o facto de os preços dos combustíveis e dos principais bens e produtos de consumo estarem a aumentar em todo o mundo, como consequência da menor oferta dos mesmos.

Aposta na construção de refinarias

“Hoje, mais do que nunca, o país deve apostar na construção de refinarias para a produção de refinados do petróleo, no sentido de sermos cada vez menos dependentes”, defendeu .

O Estadista angolano manifestou a convicção de que o país venha a ter um sector privado capaz de assumir o lugar que lhe está reservado numa economia de mercado, para  retomar o crescimento económico de modo sustentado e gerar empregos.

Para que isso se torne uma realidade, disse João Lourenço, a banca comercial “deve cumprir com o seu papel de entidade essencialmente credora”.

Neste contexto, e a título de exemplo, disse que o  Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA) deve se transformar num verdadeiro banco de fomento, com actuação à escala nacional, financiando os projectos dos investidores privados que demonstrem estar verdadeiramente comprometidos com a produção interna de bens essenciais de amplo consumo.

A cerimónia de confraternização, em alusão aos 20 anos de paz e reconciliação nacional, a assinalar-se a 4 de Abril, foi organizada no Palácio Presidencial, com a participação de altas figuras do Estado angolano e do corpo diplomático acreditado no país, entre outros convidados.

 

 

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