Presidente da República quer aumento de produção dos derivados do petróleo
Ao discursar no jantar oficial, alusivo ao 4 de Abril, Dia da Paz e Reconciliação Nacional, João Lourenço manifestou, também, a esperança de a refinaria de Cabinda arrancar de facto, ainda no decorrer do presente ano.
Relativamente ao consórcio que venceu o concurso público para a construção da refinaria do Soyo (Zaire), o Estadista disse esperar maior celeridade no início efectivo dos trabalhos de construção.
Por este facto apelou ao sector do petróleo e gás para acelerar o trabalho em curso com os investidores privados, a fim de se retomar, tão cedo quanto possível, a construção da refinaria do Lobito, assim como o trabalho com as multinacionais petrolíferas no desenvolvimento de novos campos de produção.
Na sua intervenção, o Presidente João Lourenço reconheceu que o mundo vive, hoje, uma situação de crise de segurança energética e alimentar preocupante, que deve merecer a atenção não só dos governos, mas também do sector empresarial privado.
Em face disso, salientou o facto de os preços dos combustíveis e dos principais bens e produtos de consumo estarem a aumentar em todo o mundo, como consequência da menor oferta dos mesmos.
Aposta na construção de refinarias
“Hoje, mais do que nunca, o país deve apostar na construção de refinarias para a produção de refinados do petróleo, no sentido de sermos cada vez menos dependentes”, defendeu .
O Estadista angolano manifestou a convicção de que o país venha a ter um sector privado capaz de assumir o lugar que lhe está reservado numa economia de mercado, para retomar o crescimento económico de modo sustentado e gerar empregos.
Para que isso se torne uma realidade, disse João Lourenço, a banca comercial “deve cumprir com o seu papel de entidade essencialmente credora”.
Neste contexto, e a título de exemplo, disse que o Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA) deve se transformar num verdadeiro banco de fomento, com actuação à escala nacional, financiando os projectos dos investidores privados que demonstrem estar verdadeiramente comprometidos com a produção interna de bens essenciais de amplo consumo.
A cerimónia de confraternização, em alusão aos 20 anos de paz e reconciliação nacional, a assinalar-se a 4 de Abril, foi organizada no Palácio Presidencial, com a participação de altas figuras do Estado angolano e do corpo diplomático acreditado no país, entre outros convidados.