Angola e Senegal auguram reformas no Conselho de Segurança

Os presidentes de Angola, João Lourenço, e do Senegal, Macky Sall, corroboraram, nesta quarta-feira, em Luanda, sobre a necessidade de reformulação, urgente, do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Os dois estadistas falaram à imprensa, no Palácio Presidencial, depois da assinatura de acordos de cooperação, nos domínios dos petróleos, comércio e turismo.

Para o Chefe de Estado angolano, os membros permanentes do Conselho de Segurança são, na sua maioria, as grandes potências vencedoras da segunda guerra mundial, que terminou há 77 anos, e não representam os interesses de África, da América Latina e parte da Ásia.

João Lourenço considerou que o Conselho de Segurança, que decide  sobre a situação mundial, já não reflecte a realidade dos dias de hoje, porque o mundo evoluiu nos domínios económico, geopolítico, entre outros.

Afirmou que se deve continuar a insistir na reformulação do Conselho, referindo que o conflito da Ucrânia vem mostrar a desigualdade no tratamento dos refugiados, deslocados e vítimas de conflitos e calamidades.

Por sua vez, o Presidente senegalês declarou que a urgência de reformulação deve-se ao facto de as regras serem anteriores às independências nacionais em África, actualmente com mais de um bilião de habitantes.

Macky Sall salientou que a discriminação de representação se repete nos domínios económico, no Banco Mundial e no Fundo Monetário Internacional, pelo que África, como continente de países em desenvolvimento, clama por justiça, no interesse geral.

FacebookTwitterGoogle+