PR do Senegal ressalta capacidade de resiliência dos angolanos

O Chefe de Estado da República do Senegal, Macky Sall, ressaltou, esta quarta-feira, a capacidade de resiliência do povo angolano na conquista da paz e desenvolvimento do país.

O Estadista senegalês discursava na Reunião Plenária Solene Extraordinária da Assembleia Nacional, por ocasião da sua primeira visita de Estado a Angola, destinada ao reforço das relações bilaterais.

“A história dos povos vai reter que a vossa experiência é uma lição de vida e de resiliência, um desejo imprescindível de liberdade e de paz, do qual precisamos hoje face aos desafios que enfrentamos”, exprimiu.

Segundo Macky Sall, com as ruínas da guerra “este povo corajoso soube reerguer-se e curar as suas feridas, unir-se, reconciliar-se e iniciar um trabalho de reconstrução nacional e de desenvolvimento económico e social”.

O Estadista senegalês, que é também o actual presidente da União Africana (UA), saudou a percentagem de 37 por cento de representação feminina no parlamento, notando que esta cifra deve ir mais além.

Segundo Macky Sall, que também já foi deputado e presidente do Parlamento do Senegal, o seu país adoptou uma lei sobre a paridade, que actualmente ascende os 47 por cento de representação feminina.

Elogiou, também, a figura do primeiro Presidente da República de Angola e a tenacidade da Rainha Jinga Mbandi, na luta contra a dominação colonial.

O Chefe de Estado do Senegal, igualmente presidente da União Africana (UA), felicitou os povos africanos, no quadro do Dia de África, que hoje se comemora, agurando dias melhores para os povos e nações africanas, rumo ao desenvolvimento.

Nova ordem mundial

Perante o Plenário, Macky Sall manifestou a necessidade de uma ordem mundial, para quem a actual tornou-se obsoleta.

Solicitou, com efeito, uma melhor representação de África ao nível do Conselho de Segurança das Nações Unidas e um maior acesso dos países africanos às fontes de desenvolvimento.

“Neste espírito, o momento é de dar um lugar à África reservado à União Africana no quadro do G20, sendo uma exigência de justiça e de equidade”, vincou.

Disse ser necessário vencer, em África, a ignorância, a pobreza e a inclusão social, que alimenta as frustrações e a violência.

“É uma condição essencial para garantir a paz e a segurança dos nossos países e elevar as promessas da agenda 2063 da União Africana”, observou.

Transição energética

O Estadista senegalês declarou que África continua engajada na luta contra o aquecimento global em conformidade com o acordo de Paris sobre o Clima.

Reconheceu que a África se encontra atrasada no processo de industrialização, sendo que mais de 600 milhões de africanos vivem sem eletricidade em pleno século 21.

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