Angola reduz importação de produtos refinados do petróleo – PR

 

O país está a cumprir com os objectivos que definiu, o de ficar cada vez menos dependente da importação de produtos refinados do petróleo, afirmou, esta quinta-feira, o Presidente da República, João Lourenço.

O Titular do Poder Executivo falava à imprensa, na cerimónia que marcou a inauguração do novo complexo da Refinaria de Luanda, que vai produzir um milhão 580 litros de gasolina por dia.

“Vamos reduzir, de forma considerável, nos próximos anos, essa tendência, sobretudo, a partir do momento em que tivermos concluído e em funcionamento a grande refinaria do Lobito, que vai tornar o país auto-suficiente em refinados do petróleo”, disse o Chefe de Estado.

O Presidente João Lourenço destacou, na ocasião, o aumento da capacidade de produção de refinados do petróleo no país, nomeadamente o diesel e a gasolina.

Considerou que a situação era, de certa medida, incompreensível, a de um país que tem uma grande produção de petróleo bruto, mas tinha, até bem pouco tempo, uma capacidade mínima de transformação do petróleo bruto.

“Portanto, vendiamos a nossa matéria-prima e, no fundo, comprávamos aos mesmos compradores da nossa matéria-prima o produto acabado, nomeadamente o diesel e a gasolina”, observou.

O Presidente João Lourenço fez saber que o Executivo definiu como grande desafio a enfrentar, a correcção desta situação, “que já vem acontecendo não apenas com o lançamento da construção das refinarias de Cabinda, do Soyo e, agora, com a inauguração desta unidade, que vem ampliar quatro vezes mais a capacidade de produção de gasolina da Refinaria de Luanda”.

Poupança de divisas

Aos jornalistas, o Chefe de Estado indicou que, com estes investimentos, o país vai poupar divisas na importação de gasolina em concreto, não apenas com a inauguração desta unidade, mas com a conclusão das outras refinarias em construção no país.

“Daqui há dois três anos, acredito que a redução em termos de dispêndios de divisas com a importação de combustíveis vai ser bastante grande”, enfatizou.

No que diz respeito aos combustíveis com destaque para o diesel e para a gasolina, disse que a grande meta é aumentar, cada vez mais, a capacidade de produção interna destes produtos.

“É um processo que vai continuar porque quando me referi às refinarias de Cabinda, do Soyo e a do Lobito, nenhuma delas está ainda a produzir, mas acreditamos que nos próximos anos teremos atingido a nossa capacidade máxima de produção de derivados de combustíveis”, augurou.

Exportação de refinados

O Presidente da República aventou a possibilidade de, nos próximos tempos, Angola começar também a exportar refinados de petróleo.

“Acredito que chegará o momento em que vamos superar as nossas necessidades, sobretudo o diesel e a gasolina e quando atingirmos este ponto, com certeza que o excedente passará a ser exportado e com isso vamos, por um lado, poupar divisas e, por outro, deixaremos de importar e ganhar divisas porque vamos exportar”.

Oferta de mais postos de trabalho

O Presidente da República ressaltou que um ganhos adicionais do aumento da produção de produtos derivados do petróleo no país é o aumento da oferta de emprego, sobretudo para a juventude.

“Estamos a dar também muito mais emprego aos jovens nesta indústria que, embora seja considerada uma indústria que não dá tanto emprego assim, mas vamos passar a dar um pouco mais do que se dá neste momento”, concluiu.

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