PR JOÃO LOURENÇO EM ENTREVISTA À RFI

311570330_492213896268811_1936664062393954477_n

Angola pode jogar papel importante na crise energética mundial

Angola pode jogar um papel importante na crise energética mundial, por ser o segundo maior produtor de petróleo no continente africano.

A declaração é do Presidente da República, João Lourenço, feita durante a entrevista à Rádio France Internacional (RFI), após a sua participação no 8º Fórum Internacional de Dakar sobre a Paz e Segurança em África, realizado esta segunda-feira, 25 de Outubro.

João Lourenço defende que a contribuição de Angola pode ir além dos combustíveis fósseis e que está a ser estudada, com uma empresa alemã, a possibilidade de produção de hidrogénio verde, uma fonte de energia limpa e exportável para a Europa e para quem precisar dela.

“Felizmente, temos importantes cursos de água. A produção energética em Angola é sobretudo hidroeléctrica, não é poluente. É uma fonte limpa. Estamos também a fazer importantes investimentos no solar, começámos na província de Benguela, já foram inaugurados dois importantes parques.

Vamos fazer um investimento bem maior do que o de Benguela, no sul de Angola, nomeadamente no Namibe, na Huíla, e no Cunene”, precisou.

Nestas três províncias onde existe seca, vai arrancar em breve também um projecto de energia solar, com financiamento do banco americano, segundo João Lourenço.

Questionado sobre a data das eleições autárquicas, o Presidente da República disse que decorrerão quando houver condições. “Como sabe, o pacote legislativo autárquico não está terminado. Enquanto isso, não posso assanhadamente – se me permite a expressão – convocar eleições”, justificou.

Em relação ao conflito entre Ruanda e a República Democrática Do Congo, o Chefe de Estado angolano acredita que está próximo do fim, tendo em conta alguns passos dados para a resolução do conflito.

“Temos razões de sobra para estarmos optimista, uma vez que alguns passos positivos já foram dados, no sentido da resolução do conflito, nomeadamente( …), o facto de ter havido troca de prisioneiros, com a nossa mediação.

Além do facto de ter decorrido, em Luanda, a reunião da comissão bilateral ou mista entre os dois países ou ainda o facto dos dois Chefes de Estado terem voltado a falar, pelo menos telefonicamente. Eles têm falado com alguma regularidade e não só por telefone, ainda agora em Nova Iorque, à margem da Assembleia das Nações Unidas, falaram os dois, na presença do Presidente francês, Emmanuel Macron”, frisou.

O Presidente da República lamentou o conflito que Moçambique está a atravessar em Cabo Delgado e que tem dificultado a produção de gás.

“Lamentavelmente, Moçambique está a atravessar um mau momento e, com isso, todo o mundo está a sofrer, porque se Moçambique estivesse em paz, o mundo estaria já a beneficiar do gás produzido ali, em Cabo Delgado”, destacou.

FacebookTwitterGoogle+