Presidente da República aborda desafios de África

Foto: Cedida pela organização

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O presidente da República de Angola, José Eduardo dos santos, afirmou hoje, segunda-feira, que os PALOP são portadores de uma “herança pesada” do colonialismo que foi agravada por conflitos de ordem diversa e tentativas de neocolonização de potências estrangeiras.

Em mensagem de boas vindas à cimeira dos PALOP, que hoje decorre em Luanda, o chefe de Estado angolano referiu-se igualmente aos obstáculos que os PALOP têm de vencer nos domínios da erradicação da pobreza, da fome, do analfabetismo, da implemtação da igualdade do gênero e da redução da mortalidade infantil.

Fez referência ao combate ao HIV, à malária e outras doenças, como forma de garantir sustentabilidade ambiental. A estes desafios, segundo o PR, juntam-se outros de natureza política, como a paz, a segurança, a consolidação da democracia e do Estado democrático de direito, da promoção dos direitos humanos e a boa governação.

Para o alcance destes objectivos, realçou a necessidade de união, da troca de ideias e de experiências entre os países africanos de língua oficial portuguesa. Contudo, realçou, a paz e o desenvolvimento sustentado constituem a grande causa africana que deve merecer toda a atenção e atrair esforços conjuntos, devendo ser prioridade, considerando que todos outros factores giram em torno desse eixo fundamental.

Esta cimeira, afirmou, vai permitir o reforço da necessária unidade, facilitar a concertacao de posições sobre problemas e assuntos de interesse comum. A respeito da institucionalização nesta cimeira do Fórum dos PALOP, o Presidente da República adiantou que permitirá aos respectivos países “uma melhor afirmação e promoção dos seus interesses no contexto das organizações internacionais, regionais e sub-regionais em que se inserem”.

“Os PALOP têm problemas específicos comuns que requerem instrumentos diferenciados de intervenção fora do contexto da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP)”, afirmou, referindo que da harmonização que a este nível se estabelecer depende da força e influência no momento de tomada de decisões em espaços alargados. A cimeira dos PALOP termina hoje e congrega os países membros, nomeadamente Angola, Cabo Verde, Moçambique, Guiné Bissau e São Tomé e Príncipe.

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