Escola na Marinha de técnicas navais

Fotografia: Kindala Manuel

Fotografia: Kindala Manuel

A Marinha de Guerra Angolana (MGA) pretende criar uma escola de tecnologias navais para sargentos e praças e quer contar com o apoio da sua congénere de Portugal, disse em Luanda o almirante Augusto da Silva Cunha “Gugu”. O objectivo é seguir o modelo português da Escola Técnica Naval da Armada, no âmbito da formação dos militares deste ramo das Forças Armadas Angolanas, que comemorou 38 anos de existência.

A Marinha angolana foi fundada a 10 de Julho de 1976 data da visita do primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto, à Base Naval de Luanda, oito meses depois da proclamação da Independência Nacional, a 11 de Novembro de 1975.

“No sistema de ensino da Marinha tínhamos necessidade de criar a escola de tecnologias navais. Portugal tem uma escola semelhante, que dá formação técnica e prática aos sargentos e praças”, explicou aos jornalistas o chefe do Estado-Maior da Marinha de Guerra Angolana.

A Marinha já tem em funcionamento a academia militar, cuja formação dos primeiros licenciados, com cursos de cinco anos, deve estar concluída no início de 2016.  Além do alargamento e reforço de cursos da instituição de ensino superior, a Marinha pretende avançar com uma escola técnica. “Portugal, com a experiência de muitos anos neste tipo de formação, tem todas as condições para apoiar neste aspecto”, disse o almirante Augusto da Silva Cunha “Gugu”.

Presente em Angola para assistir às comemorações do aniversário da Marinha Angolana, o Chefe do Estado-Maior da Armada de Portugal confirmou que “está a ser preparado” um protocolo a ser assinado ainda este ano, em Lisboa, pela congénere angolana.

De acordo com o almirante Luís Manuel Fragoso, o projecto está a ser ultimado para entrar em vigor em 2015 e “envolve e o estágio de marinheiros, sargentos e oficiais da Marinha de Guerra Angolana em navios portugueses”, explicou.

O programa de cooperação inclui a assessoria da Marinha Portuguesa, seguindo-se a formação de marinheiros angolanos em Portugal e em Angola, com recurso a especialistas portugueses. Também pode ser prestado apoio oficinal na estruturação da área da manutenção da Marinha Angolana.

Embora fora da alçada da Marinha de Guerra Angolana, por ser uma área tutelada pelo Ministério dos Transportes, Luís Manuel Fragoso acrescentou que está em cima da mesa a contratação ao Instituto Hidrográfico Português para estudo e sondagem dos fundos da costa e portos angolanos, \”o que permite  uma actualização da cartografia náutica de Angola”, disse.

O chefe da Armada portuguesa disse que encontrou em Angola um ramo “muito determinado” em seguir “os passos fundamentais para a construção sólida de uma Marinha credível”, desde a formação dos seus operacionais, às infra-estruturas de manutenção, portuárias e os meios navais\”.

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