ONU reafirma cooperação para elevar Angola a país de renda média

FOTO: PEDRO PARENTE

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O Vice-Presidente da República, Manuel Vicente, e o secretário-geral da Conferência das Nações Unidas para o Comércio o Desenvolvimento (CNUCED), Mukhisa Kituyi, discutiram nesta quarta-feira, em Luanda, a cooperação para elevar Angola a país de rendimento médio.

À saída de uma audiência com Manuel Vicente, Mukhisa Kituyi disse que foi uma visita de cortesia para reafirmar o compromisso no processo que Angola está empreender para transitar da categoria de país menos avançado para nação de rendimento médio.

Informou que um memorando de entendimento deverá ser rubricado esta tarde entre a CNUCED e o governo angolano para reafirmar a colaboração entre as duas entidades.

O alto funcionário da ONU acredita que “Angola é um país forte e poderá caminhar sozinho depois de 2018”, altura que poderá mudar de categoria, sublinhando existirem países que saíram da categoria dos países menos avançados (PMA), numa situação muito mais débil que Angola.

“Angola tem um rendimento quatro vezes maior do que precisa para se tornar um país de renda média”, declarou, admitindo que “já foram feitos muitos progressos, mas que ainda há muito por percorrer”.

Referiu que há ainda “muitos desafios” pela frente, nomeadamente, nos sectores da educação primária, na redução da taxa de mortalidade materno-infantil e a realização de um “investimento pesado” no domínio social.

Afirmou que é necessário o país diversificar  a sua economia, investindo nos sectores da indústria, pescas e na agricultura para abandonar a dependência do petróleo. O secretário-geral da CUNCED acha que “Angola é demasiado potente para estar na mesma categoria de países como Burundi, Somália e Sudão do Sul”.

Já na segunda-feira, o representante da Divisão África dos Países Menos Avançados (PMA) da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (CNUCED), Pierre Encontre havia afirmado que Angola tem 99 porcento para ser graduado como país integrante da lista dos estados de rendimento médio, num processo que inicia em Março e encerra em Dezembro.

O diplomata falava em Luanda, no II Workshop sobre “Questões Estruturais do Processo de Graduação de Angola”.

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