Refinaria de Luanda processa mais de 16 milhões barris de petróleo bruto em 2014
A Refinaria de Luanda processou, no ano transacto, 16 milhões, 158 mil e 887 barris de petróleo bruto, dos quais um milhão, 781 mil e 375 foi proveniente da Rama Ungo, 15 mil e 827 da Rama Nemba e 442 mil e 487 barris da Rama Plutónio.
A informação foi prestada nesta quarta-feira pela administradora da Sonangol, Ana Costa, durante uma conferência de imprensa que marcou os 39 anos de existência da Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol).
Referiu que a média diária de produção na Refinaria de Luanda foi de 44 mil e 876 barris , o equivalente a seis mil e 275 toneladas métricas/dia.
O processamento mensal foi de um milhão, 346 mil e 547 barris, o equivalente a 187 mil 959 toneladas mensais. Comparativamente a 2013, registou-se um acréscimo do consumo do crude na ordem de três porcento percentuais. Isto quer dizer que foram processados 449 mil 862 barris equivalentes a 65 mil e 226 toneladas métricas a mais.
Ao se referir acerca do desempenho da Sonangol em termos negócios de gás e refinação no ano de 2014, a administradora Ana Costa informou que neste período registou-se uma redução do consumo da Rama Ungo e Nemba, introduzindo-se na sua produção a nova Rama plutónio que vem compensar a redução da utilização da Rama palanca.
Em termos de produção de refinados, em 2014 a produção total de refinados foi de dois milhões, 161 mil e 687 toneladas métricas, distribuídas pelo mercado interno e externo.
Os derivados do petróleo produzidos de maior relevância para o mercado interno foram o gasóleo com 532 mil e 156 toneladas métricas , o JET 1 com 197 mil e 360 toneladas , o JET B com 194 mil e 119 toneladas métricas e o Ordoi com 134 mil e 905 toneladas métricas.
Em 2014, disse, foi registada uma redução significativa em cerca de 70 porcento da gasolina em relação a 2013 devido a alguns constrangimentos de ordem técnica com as unidades de produção de gasolina e também relacionada com a instabilidade de fornecimento de energia eléctrica.
Sublinhou que no total de derivados produzidos foram disponibilizados para o mercado interno um milhão, 222 mil e 75 toneladas métricas , enquanto para o mercado externo foram 939 mil e 612 toneladas métricas . Destes, a Nafta representou 181 mil 851 toneladas métricas e o Fuel 749 mil e 771 toneladas métricas.
Comparativamente ao ano de 2013 registou-se um acréscimo na produção de refinados em cerca de dois porcento.
Quanto à produção de gás em Angola, disse , em 2014 esta cifrou-se em 541 mil e 672 toneladas métricas de LPG, 305 mil e 255 toneladas métrica de LNG e 32 mil 602 toneladas métricas de gás condensado.
A quota parte da Sonangol foi de 213 mil e 244 toneladas métricas de LPG, 69 mil e 598 toneladas de LNG, e 32 mil e 362 de gás condensado.
Contribuíram para a produção interna , a planta de Cabinda com 84 mil e seis toneladas métricas das quais 34 mil e 659 foi butano , e 49 mil 347 toneladas métricas de propano e o Angola LNG com um total de 48 mil 575 toneladas métricas de LPG, 305 mil e 255 toneladas métricas de LNG e 32 mil e 362 toneladas de condensado.
Quanto à importação, foram adquiridas 108 mil e 142 toneladas métricas de butano , enquanto as exportações fixaram-se em 95 mil 918 toneladas métricas de propano.
Em relação à planta do Angola LNG no Soyo, Ana Costa informou que durante o seu processo de comissionamento registou-se um incidente que resultou na danificação de alguns equipamentos. Por este motivo, a fábrica paralisou para se fazer a substituição dos respectivos componentes. Mas, segundo disse, informações da sociedade referem que no final do ano a fábrica será recuperada.
Em termos do mercado interno , registou-se uma produção de 366 mil e 84 toneladas métricas de gás, sendo que , 132 mil e 352 toneladas foram tratadas a granel e as restantes como gás engarrafado num total de 18 milhões 446 mil e 875 garrafas, o que corresponde a um crescimento de 31 porcento comparativamente ao ano de 2013.
Quanto à Refinaria do Lobito, está neste momento na fase de construção das infra-estruturas e se prevê a finalização destas obras em meados de 2016 . Entretanto, este ano (2015) prevê –se arrancar com a parte processual .
“Num projecto desta envergadura nós dependemos essencialmente da importação dos materiais para a construção desta fábrica”.