Aberto ano de preparação combativa na Marinha de Guerra Angolana
O ano de Preparação Combativa, Operativa e de Educação Patriótica 2015-2016 na Marinha de Guerra Angolana (MGA) foi aberto hoje, na Base Naval de Luanda, sob a presidência do comandante do ramo, almirante Augusto da Silva Cunha.
Na ocasião, o almirante Augusto da Silva Cunha “Gugu”, notou que a abertura do ano de instrução reveste-se de grande solenidade pela importância de que envolve a preparação nas Forcas Armadas Angolanas (FAA) em tempo de paz e na Marinha em particular, com grande repercussão para o tempo de guerra.
Disse ser em tempo de paz que se procede à organização das Forcas Armadas em todos os domínios, desde a preparação operativa, combativa, de educação patriótica e outros domínios conexos. “Em tempo de guerra aplicam-se os conhecimentos adquiridos em tempo de paz, pois que não existe nem condições para a sobredita operação”.
Embora em paz, frisou, as fronteiras marítimas nacionais e rios navegáveis necessitam de ser permanentemente vigiados, “pois quer o mar quer os rios continuam a ser as vias para a penetração de pessoas e mercadorias em violação das leis migratórias e de comércio, para além do seu uso para a pesca não licenciada ou em violação das normas”.
De acordo com o almirante Augusto da Silva Cunha, a Marinha vai continuar a trabalhar em cooperação com outros órgãos do Estado na vigilância das fronteiras, da migração ou da protecção dos recursos contidos no mar, para além do cumprimento da sua missão principal, que é o da defesa da soberania nacional, através do mar.
“Não nos cansaremos de levar a cabo tais atividades, pois que constitui um dever indeclinável”, expressou o comandante da MGA.
Manifestou ainda necessidade de se cuidar da educação para a saúde dos efetivos, a prática da educação física e do desporto, bem como o cuidado inerente à prevenção das doenças crônicas e das sexualmente transmissíveis, por forma a se manter uma saúde sã num corpo são.
Entanto, o comandante da MGA salientou que a vida militar é cada vez mais aliciante. Contudo, adiantou que os militares, sobretudo os mais jovens, os que ingressam para a Marinha, devem saber que nada se conquista sem suor.
“Muitos jovens são movidos por expectativas de ingressarem nas FAA e logo ostentarem postos militares para auferirem remunerações elevadas. Enganam-se, a carreira militar faz-se com sacrifício e os benefícios não são a curto prazo”.
Informou que isto faz com que muitos, quando goradas as suas pretensões, desertem desde os centros de instrução, “uma atitude desonrosa para além de constituir crime que o acompanha por toda a vida até que seja julgado”.
O comandante da MGA desejou um ano de instrução com bastante aproveitamento e muito rigor. Presenciaram o acto, decorrido na Base Naval de Luanda, oficiais almirantes e superiores da Marinha de Guerra Angolana.