Alrosa projecta investimentos

Fotografia: João Gomes

Fotografia: João Gomes

O Vice-Presidente da República, Manuel Vicente, recebeu, ontem, em audiência, o presidente da companhia de diamantes russa, Alrosa, Andrey Zharkov, com quem abordou as perspectivas de investimentos em novos projectos em Angola.

Na audiência foram analisados aspectos ligados aos projectos  em que a Alrosa está envolvida em Angola, nomeadamente na Sociedade Mineira de Catoca, na Lunda Sul.
Em declarações aos jornalistas à saída da audiência, Andrey Zharkov defendeu a redução dos custos operacionais da Sociedade Mineira de Catoca para maximizar os lucros da empresa. “A Alrosa vai envidar esforços para a formação de especialistas ser efectiva e participar em programas de carácter social no país”, sublinhou.
Andrey Zharkov abordou, com o Vice-Presidente da República, os novos projecto da Alrosa em Angola, com realce para o projecto Tchiuzo, que absorve um investimento de cerca de 200 milhões de dólares com a criação de 700 empregos e uma produção anual de dois milhões e 500 quilates de diamantes.
Outro projecto a ser desenvolvido pela Alrosa com a Endiama e outros parceiros é o Luaxe, com um investimento de cerca de mil milhões de dólares e uma produção anual de dez milhões de quilates. “Os projectos de Tchiuzo, Luaxe e Catoca, em conjunto,   permitem a Angola tornar-se num dos maiores produtores de diamante a nível mundial”, disse o presidente da Alrosa.
Andrey Zharkov revelou que a sua companhia, em parceria com a Endiama e a empresa Kimberlitos de Angola (Kimang), vão desenvolver um projecto de prospecção e pesquisa geológica de novos kimberlitos. Referindo-se às primeiras avaliações  feitas pelos geólogos da Alrosa, Andrey Zharkov reconheceu que Angola tem um “grande potencial” para prospecção de depósitos primários. “Angola tem todas as premissas para esta prospecção e para tal existe a Kimberlitos de Angola, com um orçamento trienal de cerca de 15 milhões de dólares”, realçou.
O presidente do conselho de administração da Endiama, Carlos Sumbula, considerou “boa” a cooperação entre a diamantífera nacional e a Alrosa e destacou a criação da empresa Kimberlitos de Angola com início de produção para breve, com um investimento de cinco milhões de dólares por ano, numa primeira fase.
“As perspectivas de mercado são boas na medida em que já temos alguns kimberlitos descobertos e que já estão a passar para a fase de prospecção”, adiantou o presidente da Endiama, que informou que só 40 por cento dos kimberlitos angolanos foram alvo de prospecção.

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