Angola atenta ao valor da biodiversidade para economia
22 Maio de 2018 | 17h19 – Actualizado em 22 Maio de 2018 | 18h12
O Governo angolano está atento e consciente do “alto valor” da biodiversidade relativo ao ecológico, genético, social e científico na contribuição para economia do país, declarou hoje, terça-feira, em Luanda, a ministra do Ambiente, Paula Coelho.
Numa altura em que se assinala hoje (22) o Dia Mundial da Biodiversidade, sob o lema “Celebrando 25 anos de acção para a biodiversidade”, a governante reforça o apelo para a protecção da biodiversidade.
Paula Coelho afirmou que a gestão florestal é cada vez mais notória em Angola como a base da conservação da biodiversidade para a retenção de carbono, mitigação das acções de alterações climáticas, bem como a valorização da economia das florestas e das comunidades aí residentes.
A titular da pasta da Ambiente fez essas declarações à margem de um seminário sobre “Avaliação da Estratégia e do Programa do País” implementado pelo Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (FIDA), organizado pelo Ministério da Agricultura e Floresta.
Em função disso, considerou os seus parceiros, incluíndo o FIDA, como importantes para a elevação do capital humano, segurança alimentar, produtividade agrícola e florestal, bem como equidade e equilíbrio no género e empoderamento das mulheres neste sector produtivo, assim como a sociedade civil.
Referiu que a integração sectorial é tida como uma inclusão de projectos de desenvolvimento agro-ecológicos, tendo em conta as questões de sustentabilidade ambiental, alteração climáticas e protecção dos solos.
Para a governante, a gestão das florestas é hoje considerada uma componente fundamental do desenvolvimento sustentável global.
A ministra sublinha que a mesma é entendida como administração e uso das florestas a um ritmo que mantém as suas regenerações vitalidade e potencial para realizar, no presente e futuro, funções ecológicas, económicas e sociais relevantes nos mais variados níveis local, regional e global.
“Para isso encorajamos, então, para que se possa fazer avaliação destes mesmos projectos sendo um produto verde”, afirmou a responsável para quem, a medida visa conservar a gestão das florestas e o seu papel na economia do país, para recompensar a luta de há décadas sobre a prevenção do planeta.
Aconselhou aos participantes, que tudo que for abordado na avaliação do FIDA deverá estar alinhado com o Plano Nacional de Desenvolvimento do país, com base na segurança alimentar, ambiental e florestal, bem como na perpetuidade da existência de recursos a explorar onde as necessidades económicas não sobreponham a necessidade ambiental.
Reafirmou que o Executivo angolano pretende a continuidade do alinhamento da suficiência económica e da sustentabilidade ambiental em todas esferas de produtividades de formas a manter as componentes ambientes viáveis e funcionais para um bem-estar mais colectivo por séculos .
Deste modo, disse a dirigente, cumprir-se-á os preceitos da Constituição Angolana que enfatiza que todos têm direito de viver num meio livre e justo, no âmbito da diversificação económica e valorização do meio ambiental conjugado com a Agenda da União Africana e as metas de Desenvolvimento Sustentável.
A diversidade biológica angolana ou biodiversidade é uma das mais ricas de África. Esta deve-se a vários factores, dos quais se destacam a própria superfície do país (1.247.000 km2), a sua posição geográfica (África Austral), a diversidade de ecossistemas que possui (terrestres, marinhos e costeiros) e o facto de Angola ter sido uma zona de refúgio na última época glaciar.