Angola é actor estratégico incontornável em África – MNE português

O ministro português dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, elogiou, em Lisboa, o papel de Angola no continente africano, considerando o país um actor estratégico incontornável” na região.

Durante uma conferência dedicada ao relacionamento Angola/Portugal/Europa, por ocasião dos 25 anos da revista “Negócios”, da Câmara de Comércio e Indústria Portugal/Angola (CCIPA), Rui Machete disse, quinta-feira, que Portugal, “por pertencer ao maior bloco comercial do mundo, a União Europeia, pode lançar pontes, sinergias de benefício mútuo”.

Na presença de Durão Barroso, ex-presidente da Comissão Europeia, Rui Machete regozijou-se com a intensificação e diversificação sustentada, ao longo dos anos, dos investimentos portugueses em Angola e angolanos em Portugal, “aprofundando os laços de integração económica entre os dois Estados”.

“A amplitude do nosso relacionamento, com maior intensidade de dinamismo ímpar, traduz-se em benefícios tangíveis para os cidadãos e para as empresas”, disse o ministro luso, apontando a cifra de 7,4 mil milhões de euros nas trocas comerciais entre os dois países em 2013 – subida de 56 porcento face a 2012.

Afirmando existirem “pelo menos 120 mil portugueses a trabalhar em Angola, contribuindo com o seu conhecimento para a qualificação e diversificação da economia, riqueza e emprego em Angola”, Rui Machete espera que a ligação económica com Angola se aprofunde ainda mais.

“Por isso, estamos a ultimar um memorando para a criação de Observatório de Investimento, para a necessidade de acompanhar a evolução dos projectos de portugueses em Angola e dos angolanos em Portugal, que procurará promover fluxos de investimento reforçados”, acrescentou.

Anunciou ainda a intenção da realização, em 2015, de um fórum empresarial conjunto, “visando fomentar a diversificação da actuação das empresas e identificar sinergias para investimentos conjuntos em países terceiros”, um dos temas, segundo revelou, que tem debatido com o ministro angolano das Relações Exteriores, George Chikoti.

“Conto na minha visita a Angola concretizar alguns destes projectos da nossa agenda bilateral”, disse, revelando ainda que os dois países estão também a trabalhar “para firmar, a breve trecho, diversos acordos nas áreas económica e comercial, apoiando trabalhadores e empresários angolanos e portugueses que operam nos dois países”.

Salientou o “equilíbrio” como o que “verdadeiramente” distingue as relações luso-angolanas, enumerando as áreas do comércio, investimento, circulação de pessoas, intercâmbio cultural e científico, assim como a saúde, justiça e segurança”, como elementos fundamentais da relação.

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