Angola e Portugal dinamizam cooperação

PORTUGAL: PRESIDENTE DA REPÚBLICA, JOÃO LOURENÇO FOTO: CORTESIA DE: MANUEL KINDALA/ EDIÇÕES NOVEMBRO

PORTUGAL: PRESIDENTE DA REPÚBLICA, JOÃO LOURENÇO
FOTO: CORTESIA DE: MANUEL KINDALA/ EDIÇÕES NOVEMBRO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

23 Novembro de 2018 | 19h13 – Actualizado em 24 Novembro de 2018 | 13h25

Angola e Portugal dinamizam cooperação

Porto (dos enviados especiais) – O Presidente da República, João Lourenço, afirmou, nesta sexta-feira, no Porto (Portugal), que regista com bastante agrado o incremento da exposição de Angola junto da Agência de Crédito à Exportação Portuguesa (COSEC).

Ao intervir no acto de abertura das conversações entre delegações oficiais dos dois Estados, destacou o facto de esse incremento permitir a expansão da linha de crédito de Portugal, no âmbito da qual Angola pretende incluir alguns projectos de importância fundamental ao nível económico e social.

As autoridades angolanas pretendem, de acordo com uma recente entrevista do ministro das Finanças, Archer Mangueira, ao Diário de Notícias (de Portugal), “incluir 11 novos projectos estruturantes, nos saldos ainda disponíveis nas linhas de crédito já negociadas”.

Esses novos projectos, esclareceu o ministro angolano, “irão beneficiar do recente incremento do limite de mil milhões para mil e quinhentos milhões de Euros, no âmbito da Convenção Relativa à Cobertura de Riscos de Crédito à Exportação de Bens e Serviços de Origem Portuguesa para a República de Angola, que enquadra as linhas de crédito cobertas pela COSEC”.

Segundo o Diário de Notícias, a exposição financeira de Portugal a Angola justifica-se, pelo facto de este Estado europeu ser, “praticamente, a par da China, o principal país de origem das importações angolanas”. Trata-se do “território que mais exporta para Angola”.

De acordo com o Presidente da República, João Lourenço, a cooperação bilateral já é satisfatória, mas os dois Estados precisam de continuar a trabalhar para intensifica-la.

“Não podemos deixar de considerar que, em termos gerais, a cooperação com Portugal é amplamente satisfatória e queremos, por isso, intensificá-la, quer ao nível institucional, como ao nível do sector privado”, exprimiu o governante, que cumpre hoje o seu segundo dia de visita a Portugal.

Para o Presidente angolano, essa cooperação revela-se, pela sua capacidade empreendedora, de uma importância vital para o desenvolvimento da economia angolana.

Afirmou que a visão sobre as relações entre Angola e Portugal aponta sempre no sentido de que os benefícios delas resultantes se repartam entre os dois países.

Para tal, referiu, é necessário motivar os empresários portugueses a se interessarem por investimentos directos na economia angolana.

Noutra esfera, João Lourenço disse existir vontade política dos dois Governos para imprimirem maior dinâmica às relações de cooperação entre Angola e Portugal, que abrangem quase todos os sectores da vida económica, social, cultural e política.

Todavia, considerou fundamental que se ponham em funcionamento todos os mecanismos criados para facilitar o acompanhamento da execução dos diversos acordos assinados, para a obtenção de resultados concretos com benefícios mútuos.

Realçou, neste contexto, a decisão relativa à reactivação da Comissão Ministerial Permanente, que poderá permitir, quer a nível técnico, como a nível ministerial, uma identificação das prioridades da cooperação entre Angola e Portugal.

Sugeriu também o acompanhamento da sua implementação, de modo a contribuir para uma melhor utilização dos recursos disponíveis.

João Lourenço referiu-se ao Programa Estratégico de Cooperação (PEC), enquanto um importante quadro de referência para a cooperação bilateral e principalmente por estar alinhado com as prioridades estratégicas do Executivo angolano, contempladas no Plano de Desenvolvimento Nacional 2018-2022, em áreas onde Portugal detém experiência.

Realçou o Observatório dos Investimentos Angolanos em Portugal e vice-versa, que tem como missão acompanhar os processos de análise dos projectos de investimento nos dois países, identificar obstáculos e as vias ou instrumentos mais eficazes para ultrapassar eventuais constrangimentos.

Em Portugal desde quarta-feira, João Lourenço realiza uma visita de três dias a Portugal, onde se faz acompanhar pela primeira-dama, Ana Dias Lourenço, e por membros do Governo e empresários.

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