Angola importará 90 mil toneladas de carapau

FOTO: FRANCISCO MIÚDO

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Noventa mil toneladas de carapau serão importadas em 2017, pelas autoridades angolanas, para fazer face a algumas situações de captura a nível nacional, informou, nesta quinta-feira, a ministra das Pescas, Victória de Barros Neto.

Segundo a governante, que falava à imprensa, à saída da 3ª sessão ordinária da reunião conjunta da Comissão Económica e Comissão para a Economia Real do Conselho de Ministros, este ano, com base nas recomendações feitas pelo Instituto de Investigação Pesqueira, o país teve um decréscimo de total admissível de captura, em cerca de 42 mil toneladas.

A importação terá isenção de direitos fiscais e aduaneiros, por forma a suprir a sua escassez no mercado nacional, em virtude do período de veda a que o mesmo estará sujeito.

A ministra explicou que o decréscimo na captura do carapau deveu-se principalmente “à quebra da biomassa dos recursos dinossais, com principal referência também ao peixe garoupa, corvina, calafate e outros, que são os recursos com valor comercial mais significativo.

Em consequência do decréscimo da captura do carapau, explicou a ministra, a tendência é reduzir a frota pesqueira que está dedicada à pesca deste recurso.

Informou que já se começou a fazer isso.

Relativamente ao carapau e a sardinha, que são os recursos que o país tem em maior abundância, Victória de Barros Neto afirmou que a situação é saudável.

“Há indicadores bastante positivos de recuperação, o que faz com que nós possamos manter e aumentar um pouco os esforços de pescas para este recurso”, ressaltou.

Durante a Reunião Ordinária Conjunta das Comissões Económica e para a Economia Real do Conselho de Ministros foi analisado o Projecto de Decreto Presidencial que aprova as quotas de importação de carapau para 2017.

Neste encontro, também foi discutido o Projecto de Decreto Presidencial que aprova as medidas de gestão das pescarias, da pesca continental e aquicultura referente ao ano em curso.

Em relação à aquicultura, a titular do sector das Pescas frisou que a mesma é uma actividade económica que vai aliviar de certa forma os esforços de gestão e de preservação dos recursos, com o objectivo de aumentar a produção de forma controlada.

Acrescentou que os resultados da produção do cacuso são bastante animadores, porque a nível das províncias há um entusiasmo grande e a produção está a aumentar.

Aumentada a produção, referiu, pode-se diminuir os esforços de pesca que se faz no ambiente marinho.

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