Angola manifesta disponibilidade em cooperar com empresas espanholas

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O Presidente da República, João Lourenço, manifestou, esta quarta-feira, a disponibilidade de Angola cooperar com as autoridades e a comunidade empresarial espanhola, no quadro do aprofundamento das relações económicas entre os dois países.

O Chefe de Estado angolano, que falava no Fórum Empresarial Angola-Espanha, com a participação de dezenas de empresas, afirmou que os dois Estados devem trabalhar em conjunto para estruturar financiamentos de apoio às exportações.

Trata-se de exportações de produtos e de tecnologias de Espanha para Angola, além de operacionalizar linhas de créditos que já existem ou que venham a ser criadas, para investimentos com foco na internacionalização e expansão de negócios em Angola.

O Presidente João Lourenço disse acreditar que as boas relações entre os Chefes de Estado de Angola e Espanha serão fundamentais no apoio às comunidades empresariais e na criação de riqueza.

Na sua intervenção, na presença do Rei de Espanha, Felipe VI, João Lourenço disse que as previsões para o ano em curso apontam para o contínuo crescimento da economia angolana.

“Não queremos que essa trajectória de crescimento seja interrompida”, expressou o Presidente da República, sublinhando o facto de Angola estar a criar um clima favorável ao investimento privado, nacional e estrangeiro.

O Chefe de Estado angolano lembrou que nos últimos anos Angola desenvolveu com sucesso um programa de estabilização macroeconómica, que resultou, entre outros, no equilíbrio das contas fiscais, na redução das taxas de inflação, na normalização do mercado cambial e na estabilização do nível das reservas internacionais do país.

Hoje, prosseguiu o Presidente da República, o nosso mercado cambial funciona normalmente e aqueles que investem em Angola podem expatriar os seus dividendos livremente e em tempo oportuno.

Adiantou que os saldos orçamentais e da conta corrente da balança de pagamento do país são superavitários desde 2018, à excepção do ano de 2020, devido às consequências da pandemia da Covid-19.

O Chefe de Estado referiu ser pretensão do Governo angolano que a economia do país continue a obter saldos orçamentais positivos e, desta forma, reduzir as necessidades de endividamento do Estado.

A Espanha é um país caracterizado pela existência de um sector empresarial bastante dinâmico e com alto grau de internacionalização, lembrou o Chefe de Estado.

Consideramos por isso que as parcerias entre empresas dos dois países podem oferecer às empresas angolanas boas oportunidades para penetração em outros mercados e contribuir para a dinamização e diversificação das exportações do nosso país.

A indústria agro-alimentar, disse, é um dos sectores mais dinâmicos e mais fortes da economia Espanhola, os produtos gozam de grande aceitação internacional.

João Lourenço defendeu o estabelecimento de parcerias entre produtores angolanos e espanhóis nos domínios da industrial agro-alimentar e farmacêutica, bem como a criação de incentivos para o efeito.

Quanto ao segmento das pescas, o Estadista considerou importante reforçar a cooperação na esfera do processamento do pescado e produção local de artes das pescas.

Apontou as oportunidades de investimento existentes nos domínios dos recursos minerais, da indústria transformadora, do comércio, energia e águas, da construção, dos transportes, das telecomunicações, da hotelaria e turismo.

O Presidente João Lourenço lembrou que Angola vem desenvolvendo, desde 2019, um programa de privatizações que envolve cerca de 170 activos do Estado.

“Até ao momento foram alienados e adjudicados, por via de concursos públicos e licitações em bolsas de valores e derivados privativos de Angola, mais de 90 activos”, informou.

Entre os activos privatizados, o Estadista angolano destacou empreendimentos agrícolas, imobiliários, bancos, cervejeiras, unidades têxteis e unidades industriais instaladas na Zona Económica Especial Luanda/Bengo.

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