Angola pode tornar-se potência nos próximos anos

FOTO: CLEMENTE DOS SANTOS

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A República de Angola poderá tornar-se uma das grandes potências mundiais nos próximos anos, devido ao seu contributo na pacificação de conflitos em zonas de crise política, bem como os passos dados rumo ao desenvolvimento, nos últimos dez anos, considerou o presidente do Grupo de Amizade Coreia/Angola, Lee Hag Jae.

O parlamentar, que discursava nesta quarta-feira, durante as conversações entre as delegações da República de Angola e Coreia do Sul, destacou o facto de Angola ter sido eleita como membro do Conselho de Segurança das Nações Unidas, constituindo, deste modo, uma mais-valia na arena política internacional.

“Angola tem contribuído muito para a paz e estabilidade no continente africano e em zonas de crise, e tendo em conta este facto, creio que, em breve, Angola poderá tornar-se uma das potências políticas e económicas no mundo”, salientou.

Referiu que nos dez últimos anos, o país deu grandes passos rumo ao desenvolvimento nos vários sectores, daí o interesse da Coreia do Sul em apoiar e contribuir na política do Executivo angolano, no que toca à diversificação da economia, com a participação de empresas coreanas na Agricultura, Transportes e Fábricas.

“Neste momento Angola está a passar por dificuldades financeiras devido à queda do preço do petróleo no mercado internacional, mas tenho a certeza que em breve, o país vai recuperar-se, devido à sua força e potencialidade. Em 1960 a Coreia já foi um dos países mais pobres do mundo, mas neste momento estamos em 10º lugar em potencialidade económica e tecnológica”, sublinhou.

Por seu turno, o deputado Serafim do Prado, presidente do Grupo Nacional de Acompanhamento Parlamentar dos países da Ásia e Oceânia da Assembleia Nacional, referiu que, depois de mais de três décadas de guerra fratricida, a paz em Angola é hoje o pressuposto mais importante para o desenvolvimento das instituições, sistema político e economia.

Sublinhou que os progressos atingidos neste capítulo são enormes, desde a estabilidade política que permite o desenvolvimento e confronto de ideias numa base democrática e de respeito pela diferença, o crescimento económico sustentado, fundamentalmente apoiado no plano nacional de desenvolvimento 2013/2017.

No que tange ao cenário macro-económico, disse que desde 2002, após o alcance da paz, a economia angolana tem evoluído de forma positiva e sustentada, independente da crise que assola o mundo desde 2008.

Destacou, no entanto, os períodos sucessivos de crescimento do PIB, a redução da fome e pobreza, com destaque para grande parte da extensão do território nacional, bem como o aumento do acesso dos cidadãos aos serviços básicos.

O Grupo de Amizade Coreia/Angola, da Assembleia Nacional da República da Coreia do Sul, efectua uma visita oficial de três dias ao país, no âmbito do reforço da cooperação bilateral e dos laços de amizade entre os povos.

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